Pedro Adão e Silva
O futebol que o Benfica apresenta dentro de campo é um espelho de um mal maior. O Benfica vive um período de interregno, que tipicamente caracteriza os momentos em que o velho está em lenta agonia, sem que o novo já se tenha imposto totalmente. Enquanto não for posto fim ao interregno, o futebol continuará a ter o comportamento medíocre a que temos assistido: uma equipa carente de liderança, sem garra e desorientada taticamente. É por isso que o principal desafio de Rui Costa continua a ser o mesmo – varrer o passado e construir um Benfica novo. Jorge Jesus é, precisamente, um vestígio do passado e a aposta que nele foi feita deve ser encarada como um estertor de Luís Filipe Vieira.
