Rita Pedroso
Uma voz rouca tenta explicar-me, gesticulando como quem discute com Deus, que forma é a sua de viver. Não era para tanto – por muito que não seja sul-americana, e disso apercebeu-se à primeira palavra do meu portunhol, também não nasci nos Estados Unidos. Corpo suado, uma tatuagem colorida a azul e amarelo que, cá para nós, me deixa irrequieta por pensar quão doloroso terá sido fazer uma inscrição daquele tamanho, e... sangue argentino. É um dos muitos com o coração exposto, dos que gritam com os olhos e viajam de propósito para ver o Boca Juniors no Mundial de Clubes.
