Rita Pedroso

Rita Pedroso
Rita Pedroso Jornalista

Que saibam e que sonhem

A vida adulta chega-nos com vários sinais: dei por ela quando comecei a receber cartas com o meu nome em casa, quando receitas e flores apoderaram-se do armazenamento do meu telemóvel. Admito que não era nisto que pensava na adolescência, quando me deitava e a ânsia de viver me tirava o sono. Cheguei a imaginar muita coisa até me decidir: com sete anos pensei ser como a Gena, a amiga da minha mãe que, embora chatinha, tinha um certo jeito para cortar cabelos; aos dez julguei que afinal seria giro tornar-me dentista e um dia ser eu a encher luvas de látex para distrair os mais pequenos. Eram planos diferentes dos futuros médicos, bombeiros e Cristianos Ronaldos que tinha à minha volta, é certo, mas todos sonhávamos à nossa maneira.  

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