Rita Pedroso

Rita Pedroso
Rita Pedroso Jornalista

Um clássico de verão

Mais ou menos pela mesma altura do ano, algures em agosto, já sei que me espera uma visita à feira de carros clássicos com o meu pai. No princípio, no auge dos meus dez, onze anos, esse encontro pouco mais significava para mim do que um formalismo que antecipava um belo lanche. Chegávamos, observávamos as relíquias e ouvia o velhote, orgulhoso, contar a mesma história sobre o seu trabalhador Renault Dauphine. Já a sabia de cor. Assim como sabia que, embora no mercado, o destino de 95% daqueles automóveis era o mesmo: voltar às garagens que os guardaram nos restantes 364 dias. Também no futebol há desses clássicos que se mantêm em exibição, pouco arreliados com o que lhes pode reservar a vida.

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