Rui Calafate
Há algo que é mortífero para um treinador: quando se sente que, como uma epidemia que vai alastrando corrosiva e sem cura, na bancada os adeptos estão fartos dele e que anseiam por um novo feiticeiro que os encante com vitórias e qualidade de jogo. Neste momento, Sérgio Conceição (SC) e Marcel Keizer são irmãos gêmeos na luta contra o tempo de um destino que está escrito nas estrelas, que pode ser madrasto, injusto, mas que se fará ouvir ao som do chicote para acalmar adeptos e salvar estruturas de erros e incompetências. É assim a lei do futebol, cruel com o mais fraco que é sempre o treinador.