Rui Dias
Num momento de balanço do enorme futebolista que foi, guardemos a imagem de um jogador implacável nos duelos individuais; perfeito a gerir o espaço e o tempo; sumptuoso a sair com a bola dominada, dando início ao processo de construção. Jérémy Mathieu foi um central de equipa grande, capaz de distinguir a diferença entre muito e bom; que foi descobrindo soluções para se apetrechar cada vez melhor, de modo a desarmar quem lhe aparecia pela frente. Se craques definitivos como Cristiano, Messi, Benzema, Suárez ou Jonas o abordavam suportados na confiança de mil argumentos técnicos para o passar, ele contrapunha com outros tantos para metê-los no bolso como se fossem crianças atrevidas mas inofensivas. Nem mais, nem menos.