Rui Dias
Mesmo quando não provoca os vendavais que dele se esperam é uma reconfortante brisa de classe: pelo domínio, pelo toque e pela condução elegante; pelos gestos de bailarino e pelos movimentos amplos e surpreendentes de quem trava quando parece mais lógico acelerar ou arranca quando o mais aconselhável é travar. Sudakov faz-se notar mal contacta com a bola e o singelo ato de entrar em ação basta para lhe conferir a singularidade que o caracteriza. O seu jogo apela à participação dos outros, mas quando se entrega a quadros solitários, toma iniciativa e parte à aventura, podemos estar na génese de momentos inesquecíveis do ponto de vista estético e determinantes para o jogo.
