Rui Dias
O futebol é o mais democrático dos desportos, porque não elimina por físico e, muitas vezes, distingue por uma simples virtude. Na sua história centenária houve espaço e circunstâncias para gordos (Puskas) e magros (Cruyff); altos (Van Basten) e baixos (Chalana); novos (João Félix) e velhos (Roger Milla); ricos (Michael Laudrup) e pobres (Garrincha); lentos (Pedro Barbosa) e rápidos (Futre); senhores (Beckenbauer) e plebeus (Romário); toscos (Inzaghi) e habilidosos (Ronaldinho Gaúcho); conservadores (Beckenbauer) e revolucionários (Maradona); eternos (Pelé) e esporádicos (Schillaci); consensuais (Iniesta) e discutidos (Sérgio Ramos); corajosos (Gerd Müller) e racionais (Nené); fortes (Hagi) e fracos (Robben). O futebol só não pode prescindir da inteligência, revelada das mais diversas formas.