Rui Malheiro
1] Num ano que se tornou ainda mais complexo, depois de falhadas as conquistas do Campeonato e da Taça, perdidas para o arquirrival Sporting, toda a atualidade encarnada está presa ao final de outubro, quando se realizarão as eleições que definirão quem será o presidente do Sport Lisboa e Benfica. A previsível entrada na luta eleitoral de Luís Filipe Vieira tornou-se, ao longo do último mês e meio, numa sorumbática realidade, com a argúcia da sua equipa comunicacional a valer-lhe o ditar da agenda mediática em redor do clube. Rui Costa, o delfim que nunca o foi e que se tornou no seu maior inimigo, tem sabido gerir sagazmente o silêncio em relação ao reaparecimento de um homem que não consegue perceber que o seu tempo já passou, com a consciência plena de que a sua reeleição passará pelo sucesso que a equipa de futebol terá neste arranque de época. Não devia ser assim, pois o futuro de um clube nunca devia ser definido pelo imediatismo dos resultados, e muito menos ter como uma possível solução um regresso a um passado com muito mais sombras do que obras e conquistas.
