Rui Malheiro

Rui Malheiro
Rui Malheiro Analista

Ángel com magia e coração

1] Quando, a 27 de julho de 2007, foi anunciado como reforço do Benfica, Ángel Di María tinha acabado de se sagrar campeão do Mundo de sub-20 pela Argentina. Mesmo pertencendo a uma geração dourada, da qual faziam parte criativos e finalizadores como Aguero, Zárate, Piatti, Papu Gómez, Maxi Moralez ou Banega, o pibe que floresceu no bairro Parque Casas, na zona norte de Rosário, encontrou espaço para explodir, como atestam os 3 golos e 2 assistências em 224 minutos de utilização. Para trás ficavam os 6 tentos e 2 assistências em 39 partidas pelo Rosario Central, que o lançou pelas mãos do veterano Ángel Zof, com 17 anos, 10 meses e 1 dia, na equipa principal, e já o lastro de uma velocidade, de uma aceleração, e de uma propriedade para estabelecer desequilíbrios através de dribles ziguezagueantes. Caraterísticas que fizeram com que as águias acreditassem que, a troco de 6 milhões de euros (a operação, que também envolveu a chegada à Luz do medíocre Andrés Díaz, seria concluída nos 8 milhões), estavam a contratar o sucessor do decisivo Simão Sabrosa, transferido, nesse verão, para o Atlético Madrid. Só que numa estação delicada para os encarnados, que seriam treinados por Fernando Santos – que nem teve tempo para o lançar –, José Antonio Camacho e Fernando Chalana, o talento do argentino não desabrochou de forma consistente, o que levou a que, em diversas ocasiões, fosse utilizado como jóquer a partir do banco.

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