Rui Malheiro

Rui Malheiro
Rui Malheiro Analista

Das entrelinhas para o golo

A continuidade de Seferovic, titular no jogo de estreia ante o Spartak, e de Darwin Núñez, ainda a recuperar de uma intrincada operação a um joelho, e a aposta mais firme no promissor Gonçalo Ramos, cada vez mais maduro e completo ao ponto de se tornar no avançado mais utilizado durante a pré-temporada, além do regresso de Vinícius, cujo impressionante registo goleador ao serviço das águias em 2019/20 não convenceu Jorge Jesus a incluí-lo no plantel passado, o que conduziu a um empréstimo ao Tottenham (10 tentos e 3 assistências em 973 minutos de utilização), e a aquisição de Rodrigo Pinho, desejo do técnico em janeiro de 2021 que só chegou à Luz em junho, parecia resolver a equação ofensiva do Benfica no assalto a 2021/22. Puro engano. O permanente anseio do eterno insaciado Jesus em contar com mais e melhores opções desferrou a ideia de que os encarnados estariam no mercado em busca de um reforço de peso para a zona ofensiva. Com Vinícius, apesar da sua belicosidade no ataque à profundidade e do seu engodo pelo arco rival, a perder espaço de jogo para jogo durante o período preparatório, o que lhe abre as portas de um novo empréstimo, e com a possibilidade de Seferovic e/ou Darwin Núñez serem transferidos, de forma a robustecer os cofres rubros, alvoroçados com a veemente taciturnidade da incerteza do acesso à multimilionária Champions, a confirmação da chegada do internacional ucraniano Roman Yaremchuk, uma mais-valia indiscutível para um campeonato como o português, só constituiu uma meia-surpresa pela forma quase silente como a transferência, orçada em 17 milhões de euros, foi rubricada, certificando ao Benfica um êxito sobre a feroz concorrência de emblemas das principais ligas europeias.

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