Rui Malheiro
1] O reaparecimento mediático contundente, a 10 de setembro, de Noronha Lopes, o vencido mais vitorioso de umas eleições do Benfica, fez com que nada respirasse como antes. Até aí, vinha a assistir-se a um certo apagamento da única voz que deu a conhecer a sua equipa para o futebol das águias – demasiada extensa, mas com a presença impactante de Nuno Gomes e Vítor Paneira –, e cuja apresentação da candidatura havia sido sebastiânica, e o crescimento da popularidade de Diogo Manteigas como rosto bem-preparado do antissistema. Também porque, ao invés de Noronha, fez, por mais que queira apagar o passado na BTv, parte dele, o que até o leva a esquecer-se da preponderância crucial de Manuel Vilarinho na batalha mais árdua da história do clube. Nos dois meses antecedentes, o retorno folclórico de Vieira, cheio de contas a ajustar com o silente Rui Costa, marcou os dias rubros. Só que perdeu pungência com a conquista da Supertaça e o apuramento para a fase de campeonato da Champions sob a batuta de Bruno Lage.