Rui Malheiro
1] A expetável abordagem inicial do Benfica ao dérbi, com 5 médios no onze, fazia crer que o lado estratégico seria privilegiado. Mesmo atuando em casa, onde agora somam mais empates (4) do que vitórias (3) no campeonato, os encarnados, sem derrotas no trajeto interno, não se mostraram proativos no arranque do embate. Foi o Sporting, mais impositivo e incisivo, que se superiorizou, de forma clara, até aos 26 minutos, através de dois aspetos cruciais. O primeiro foi a aptidão para construir, de forma fluída, desde trás, ao superar uma pressão falível das águias, desenhada com referências individuais, o que fazia com que Barreiro saltasse de forma inconsequente em Diomande e Ríos fosse atraído pelos movimentos à largura de Morita, abrindo crateras no corredor central, aproveitadas por Hjulmand, Trincão e Pote para estabelecerem ligações. O que assentiu que os leões, sagazes a encontrarem o terceiro-homem, penetrassem nesse espaço.
