Rui Malheiro

Rui Malheiro
Rui Malheiro Analista

O preço de abdicar de ter bola

1] Sporting e Benfica não proporcionaram um grande espetáculo no Jamor, onde sobressaíram as vertentes estratégicas e emocionais. O que não escapou ao que foi o registo dos embates no decurso da época, agravado pelo calor intenso e por um relvado pouco recomendável. A principal novidade, face aos dois encontros para o campeonato, foi a que Rui Borges não superou estrategicamente Bruno Lage na abordagem ao embate. Algo que tinha conseguido na noite do seu debute como treinador dos leões, ao apostar num 4x2x3x1 de rutura com o passado, em que o Benfica não conseguiu encaixar durante a primeira parte, ao deixar Hjulmand demasiado liberto nas costas da primeira pressão, e ao expor Florentino às ações de Trincão, Quenda e Gyökeres. E voltou a repetir na Luz, beneficiando de um golo precoce e de mais uma etapa inicial paupérrima do Benfica, que, após o 0-1, procurou estabelecer-se num 3x4x2x1, que, face ao desenquadramento de vários jogadores, não permitiu chegadas com qualidade a zonas de finalização. Nesse período, a formação de Alvalade, sem grandes virtuosismos, manifestou-se mais perigosa, e consentiu muito pouco ao adversário, algo que Borges, nem sempre da melhor forma, procurou agarrar de Ruben Amorim.

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