Rui Malheiro
1] Bruno Lage foi afoito na abordagem estratégica à receção ao Barcelona, alterando a o 3x4x2x1, que utilizou nas últimas partidas a nível interno, pela recuperação do 4x3x3 com um pendor mais cínico. Se não surpreendeu o recurso a três médios-centros, até porque De Jong, Pedri e Olmo são nucleares na construção, na criação e até na finalização dos blaugranas, o técnico dos encarnados mostrou sagacidade ao colocar Aursnes na posição de médio recuado, com Kökçü mais próximo, e ao soltar Barreiro para médio mais próximo de Pavlidis, coadjuvando-o na primeira pressão num jogo em que não seria expectável que o Benfica tivesse muita bola. A maior admiração terá estado na ausência de Dahl como médio-ala esquerdo, o que lhe afiançaria mais aptidão defensiva e permitiria formar uma linha de cinco ante uma equipa que se desdobra, muitas vezes, em 3x2x5, e na aposta em Schjelderup, o jogador com perfil mais técnico e criativo do onze. Esse arrojo permitiu que os rubros entrassem bem no jogo, e nos dois primeiros minutos, atrás de Kerem Aktürkoglu e de Barreiro assaltassem a baliza do vitruviano Szczesny.