Rui Malheiro

Rui Malheiro
Rui Malheiro Analista

Um clássico nulo que agradou às duas partes

1] Tal como o admitiu no final da partida, com uma lisura arrebatadora, José Mourinho quis sair do Dragão com um nulo. Arrebatou-o. E, assim, as águias saíram da Invicta a quatro pontos do líder do campeonato, fora do cenário de coma profundo, após o epílogo da 8.ª jornada, que seria o da derrota, com influência mais do que evidente no processo eleitoral em curso. Partindo dessa premissa, o embate entre FC Porto e Benfica teve uma nota artística baixíssima, com raras oportunidades de golo claras, até porque Farioli, ao perceber que o Sporting tinha empatado em casa com o Braga, num neoclássico que teve o seu epílogo após se ter iniciado o clássico, o que era tão previsível como é inconcebível, também entendeu que o nulo seria um resultado positivo para as suas cores. Por isso mesmo, aos 63 minutos, abdicou do incisivo Gabri Veiga pelo equilibrador Pablo Rosario, quando o jogo pedia Rodrigo Mora, como interior-ofensivo ou até como falso 9, para perscrutar os espaços que o processo defensivo coriáceo dos encarnados cedia. Não foi por acaso que o prodígio azul-e-branco, lançado apenas aos 90 minutos, em combinação com Deniz Gül, que rendeu, aos 75 minutos, o inócuo Samu, esteve muito perto de desfazer o nulo em período compensatório. Valeu a barra para salvar Trubin, como já havia acontecido quando Kiwior, na sequência de uma bola parada lateral, esteve perto de assinar um auto golo que impediria Diogo Costa de somar a sétima baliza-virgem em 8 jogos na Liga’25/26.

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