Sérgio Krithinas
A forma como o furacão Rúben Amorim entrou no futebol português faz lembrar o furacão José Mourinho, há 20 anos. Os astros parecem todos alinhados a seu favor, mas isso é porque é o próprio que os alinha. Ontem, na Luz, perante as ausências de dois dos jogadores mais importantes da estrutura-base da equipa, fez das fraquezas forças, injetando coragem na cabeça dos seus jogadores – aliás, a forma como a equipa se juntou num bloco nos protestos ao primeiro amarelo do jogo, mostrado a Feddal, é bem elucidativa do espírito com que o Sporting entrou em campo. Fez tudo bem na preparação do jogo, fez tudo bem durante o jogo e fez tudo bem depois do jogo, com uma demonstração de frieza e humildade na sala de imprensa de quem já começou a alinhar os astros a seu favor para os próximos jogos. Rúben não precisava do jogo de ontem para que se visse o óbvio: vai ter uma carreira extraordinária como treinador.