Sem perdão

Num Estado laico como é Portugal, mesmo de forte tradição católica, é discutível que a visita de um líder religioso seja, por si só, motivação única para a aplicação de amnistias em casos de infrações que nenhuma relação têm com a Igreja. Indiscutível é que não faz mesmo qualquer sentido a amnistia a uma pessoa condenada em sede de processo disciplinar por cinco infrações de comportamento discriminatório. Mais do que atropelar uma suspensão de 35 meses aplicada pelo Conselho de Disciplina, órgão que tem o poder de sancionar agentes desportivos, choca saber que aquelas mensagens enviadas por Miguel Afonso a jogadoras de 18 a 20 anos (e que todos pudemos ler) ficam, pelo menos para já, sem castigo. De certeza que não foi para isto que o Papa esteve em Portugal.

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