Sérgio Krithinas

Sérgio Krithinas
Sérgio Krithinas Diretor executivo

Os gastos

Parece inevitável que, no universo futebol, os jogadores venham a sofrer na pele as consequências da pandemia Covid-19. De acordo com dados da UEFA, cerca de 60 por cento dos gastos dos clubes é a pagar salários, pelo que a lógica indica que também seja por aí que comecem os cortes. Mas é bom que não haja ilusões: não será isso que vai, por si só, salvar toda a indústria. Primeiro, há salários e salários. Cortar metade de um ordenado de 20 milhões de euros anuais não deixa ninguém na miséria; mas cortar metade de um salário de 50 mil anuais (muitíssimo frequente fora do universo dos grandes) pode ser um problema. Depois, porque será preciso criatividade para convencer as pessoas de que o dinheiro mais desperdiçado no futebol é aquele que é pago aos jogadores. Quando chegar a vez de reduzir salários, será bom que também se cortem, idealmente numa proporção superior, os gastos em transferências entre clubes e comissões pagas a empresários.

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