Sérgio Krithinas
Fazer títulos de primeira página depois de uma noite como a que Ronaldo teve ontem, é uma tarefa difícil. Porque parece que já tudo foi dito sobre o craque que nasceu na Madeira há 34 anos. Mas ele tem este dom de ainda nos surpreender, mesmo que já não seja surpresa para ninguém. O hat trick de ontem foi apenas mais um na sua carreira, apenas mais um pela Seleção Nacional. E a facilidade com que os consegue, com que assume as decisões nos momentos mais delicados para a equipa, com que escreve o seu próprio destino, é que é absolutamente extraordinária.
Ontem, Ronaldo não fez apenas mais um hat trick. Marcou três golaços, todos eles resultado das suas enormes qualidades técnicas e físicas, numa nova demonstração de que é muito mais do que um futebolista de exceção; é um super-atleta, é um super-homem. Agora, desgasta-se menos em sprints, raramente procura duelos individuais, mas continua a fazer a diferença, mostrando que também soube ajustar o seu jogo à passagem dos anos. Joga pela Seleção Nacional A desde 2003, marcou em todas as fases finais de todas as competições em que participou – e já são 10! – e é o segundo melhor marcador de seleções da história, a 21 do líder, o iraniano Ali Daei. Parece muito, mas alguém é capaz de apostar que não vai chegar lá?