Vítor Pinto
José Mourinho prospera no caos, pelo que só quem não vive neste planeta acharia que o Special One se deixaria embalar pelo marasmo. O Jamor é o ‘ground zero’ da guerra civil em curso no futebol português, com a arbitragem em ponto de mira, e o técnico lendário não fez a coisa por menos. Meteu não um dedo, mas a mão inteira na ferida, e em cima da estreia na Taça de Portugal agitou as águas, lembrando o grave erro que prejudicou o Benfica. De permeio, obrigará Rui Borges a responder sobre se sente que Taça lhe foi oferecida pelos árbitros e Farioli a explicar se concorda que o Benfica não foi dominado no Dragão. Depois de ter eliminado taticamente três jogadores do FC Porto usando apenas dois do Benfica, Mourinho faz o apelo à paz de Marcelo Rebelo Sousa cair em saco-roto. A festa ainda só está a começar.