Vítor Pinto
O Benfica entra hoje em campo, frente ao Portimonense, com uma missão das mais simples da história: comprovar que, sem Enzo Fernández, consegue ser muito melhor do que demonstrou, com o argentino, frente ao Sp. Braga. Quem vivia na ilusão de que a matriz benfiquista era Enzo e mais 10, sem outros condimentos, teve um duro despertar na Pedreira. O sucesso ou o colapso das águias estará sempre dependente de fatores mais amplos do que o rendimento de um médio que só marcou golos no início de agosto e que, assumiu Roger Schmidt, ficou "maluco" com a proposta milionária do Chelsea. Isto a ponto de se ter posicionado do outro lado da barricada, favorecendo os interesses dos blues. Foi o próprio técnico a anunciar que o campeão do Mundo não tem condições para vestir a camisola encarnada e, a menos que lhe seja aplicada alguma terapia de choque, esse cenário não mudará a tempo do dérbi frente ao Sporting. Agora, Enzo também não tem as costas assim tão largas e o naufrágio minhoto levantou dúvidas que exigem reação à altura de outros intervenientes, entre os quais o próprio treinador.