Vítor Pinto
“Você é mentiroso”, “você mente”, “você está a dizer que isto é mentira?”, “você está sempre a distorcer a realidade”, “não me chama mais mentiroso, você é um mentiroso compulsivo”. Apenas alguns exemplos do registo pouco edificante em que decorreu o debate decisivo para as eleições do Benfica e que corre o risco de dar trabalho aos representantes do Guinness na categoria dos insultos em direto. A iminência do desfecho de um processo longo, e o fosso percentual entre os candidatos, conduziram a uma radicalização que fez despenhar a elevação e levou o moderador Luís Costa Branco a soltar um desabafo: “Ambos estão a prestar um mau serviço ao clube.” Rui Costa admitiu que o “debate não dignificou” o Benfica, mas assim que o mesmo terminou, ainda com os microfones ligados, manteve o tom agreste na resposta às críticas de Noronha Lopes. Um final feio e que, se teve algum efeito no eleitorado, foi de desmobilização.