Vítor Pinto
A principal ameaça à Liga Bwin não reside na propensão de grandes emblemas internacionais, como Liverpool e PSG recentemente, ou Man. City e Man. United no passado, pescarem nas nossas águas. Sempre aconteceu e até acaba por reforçar o prestígio do campeonato português como viveiro de talento. O grande problema é que os predadores de média dimensão também já perceberam onde se podem abastecer, desviando jogadores de qualidade que ainda não ganharam o balanço suficiente para saltos mais ambiciosos. É por isso que ‘colossos desportivos’, ironicamente, claro, como o Wolverhampton, Fulham, West Ham ou Southampton, entre outros, se socorrem de bons intermediários e agravam o risco de descapitalização de uma Liga Bwin onde o divisionismo impediu uma blindagem coletiva que salvaguardasse o produto. A época 2022/23 avança e não há passos decisivos sobre a centralização dos direitos televisivos, que por este andar só vai chegar quando estivermos reduzidos a apenas uma equipa garantida na nova Champions e com um dos maiores clubes a ir parar à Liga Conferência.