Opinião

Arbitragem debaixo de fogo

Arbitragem debaixo de fogo
Arbitragem debaixo de fogo

É difícil escolher o facto de maior destaque do jogo entre o Sp. Braga e o FC Porto: a atuação imperial de Helton, a corajosa resistência de uma equipa reduzida a nove jogadores durante mais de 50 minutos ou a arbitragem de Cosme Machado.

Vamos por partes. Helton foi o herói do jogo. Impressionante o punhado de intervenções fantásticas que realizou e que seguraram o empate. Saiu visivelmente emocionado do relvado, abraçado a Alan, numa das bonitas imagens que o jogo proporcionou. Segundo destaque: a fibra e o carácter dos nove dragões que se bateram durante mais de 50 minutos, suportando a avalancha do Sp. Braga mas tendo ainda capacidade de criar oportunidades de golo. Finalmente, a arbitragem. Os dois penáltis são lances similares e, sendo discutíveis, pelo menos a decisão de Cosme Machado foi coerente. O pior foi a dualidade do critério disciplinar. Reyes e Evandro puseram-se a jeito e acabaram bem expulsos? Admitamos que sim (a imprudência do brasileiro talvez pudesse ter sido resolvida com um amarelo), mas Sasso e Tiago Gomes também deveriam ter saído de campo mais cedo.

Numa época que é tida como de tremenda importância para Benfica e FC Porto, a arbitragem tem estado debaixo de fogo e cada caso é um... caso de enormes dimensões e graves consequências. Os dirigentes precisam manter alguma serenidade para que a situação não descambe para algo mais perigoso e os árbitros vão ter de continuar a apitar de acordo com aquilo que vêm e não em função do que sentem.

Nem de propósito, o melhor árbitro português do século anuncia hoje a sua retirada. Pedro Proença antecipa a reforma e deixa um vazio no terreno de jogo. É pena, mas resta agradecer-lhe ter elevado bem alto o nome de Portugal.

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