Quando começam a jogar ténis, todos os miúdos têm o sonho de ser o melhor jogador do Mundo... de singulares. Francisco Cabral, duas vezes vice-campeão nacional em singulares, foi nos seus primeiros anos de profissionalismo uma das grandes promessas nacional e até há menos de um ano mantinha a convicção firme de que a aposta em singulares era para manter. No verão passado, entre dúvidas e muitos aconselhamentos de quem lhe é mais próximo, o portuense decidiu com humildade apostar mais a fundo na variante de pares... e os resultados são aqueles que conhecemos. Poucos são os jogadores que têm o discernimento (e a humildade) de aos 24 anos de abdicar de um sonho por um objetivo mais realista, mas nunca hesitou que estava a tomar a decisão certa. Na última semana, no Estoril Open, o eterno parente pobre do ténis foi afinal o mais bonito e luminoso. A alegria de Francisco e Nuno foi mais do que merecida...