Opinião
O desporto, como actividade humana que é, requer um olhar cuidado e constante, no sentido de responder aos desafios da sociedade actual. Um desses desafios mais prementes é o combate à dopagem. Este flagelo tem assombrado a história do desporto, limitando a verdade desportiva e os valores que o devem reger, para além de pôr em causa a saúde e a própria vida dos atletas.
Como sabemos, sem verdade desportiva não há desporto. E sempre que algum agente desportivo recorre a quaisquer substâncias ou métodos de dopagem está a mentir, além de corroer os alicerces e os valores onde se fundamenta a actividade desportiva.
A luta já vem de longe, a par da legislação nacional e internacional. Recordo a ‘Lei antidopagem no desporto’ a ‘Convenção Internacional Contra a Dopagem’, o ‘Código Mundial antidopagem’ – documento elaborado pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) –, a ‘Convenção Internacional Contra a Dopagem’, da UNESCO. Ou seja, há um trabalho educativo a promover.
Quer a AMA quer a UNESCO têm desenvolvido um trabalho notável no combate à dopagem. É nesse sentido que o Instituto Português de Desporto e Juventude, através do Plano Nacional de Ética no Desporto, irá desenvolver com a Autoridade Antidopagem de Portugal e a Fundação do Desporto o programa ‘For a clean and healthy sport – national holistic strategy’ de luta contra a dopagem, que será apoiado pela UNESCO no âmbito do seu Programa Desporto e Antidoping. Trata-se de implementar um conjunto de acções de cariz preventivo e educativo. Portugal responde assim a este desafio da UNESCO na defesa por um desporto limpo, mas acima de tudo na defesa de um ‘património’ de toda a humanidade que é o desporto, e os seus valores éticos e humanos.
Nota: O autor escreve na ortografia antiga