Seja qual for a história do campeonato, há triunfos que já não fogem a Rui Vitória. E não estou a falar da reentrada de uma equipa que tinha o atestado de óbito passado nas contas do título, ou das goleadas que têm sido nota dominante no campeonato. Com isso ganha emoção o futebol português.
Olhar para o Benfica desta época e não reconhecer a mudança, com uma aposta crescente, regular e segura em jovens da casa é negar evidências. Sai Maxi, entra Nélson Semedo; sem Salvio a escolha cai em Gonçalo Guedes; sem Luisão e Lisandro, é Lindelöf quem vai a jogo. E há ainda Renato Sanches. É fácil dizer que o miúdo não engana, mas o mais difícil fez Vitória: dar-lhe liberdade para se assumir em campo e crescer a jogar. O técnico cometeu erros em nome desta filosofia – e a adaptação de Clésio é o maior – mas não desistiu e mostrou que pode ter uma equipa na luta pelo título, com mais portugueses, com mais jovens e menos dinheiro. A vitória é dele!
