Shadow of the Colossus: Uma versão gourmet que conserva o sabor original

Wander contra as bestas gigantes

Shadow of the Colossus é daquelas obras-primas que nos vemos quase obrigados a guardar lá em casa, mesmo que não lhe toquemos durante meses ou anos. Mas está na hora de desembainhar a espada e procurar de novo os gigantes da Terra Proibida, uma vez que a 7 de fevereiro vai chegar a versão de SOTC para a PlayStation 4.

O jogo foi lançado em 2005, sendo um sucesso de imediato. Esta nova versão, que já experimentámos no Record Gaming, não terá, claro, o impacto da primeira, mas não deixa de ser uma boa sessão de entretenimento tanto para está familiarizado com o jogo como para quem nunca ouviu falar dele, ainda que seja difícil de acreditar.

A história é simples: Wander, um jovem cavaleiro acompanhado do seu bicho Agro, quer ressuscitar uma bela moça de traços orientais, alegadamente morta em sacrifício por estar amaldiçoada. Para isso, o guerreiro tem de derrotar vários monstros gigantes – colossos, aí está – espalhados pela Terra Proibida.

Talvez por ser algo difícil domar as rédeas do nosso Agro, não se preocupem que mesmo que dirijam o cavalo para um precipício ele vai parar a tempo. No entanto, o mesmo já não acontece com Wander, que pode magoar-se ao saltar de uma altura considerável.

A cor do jogo está de acordo com o teor da história: sombrio q.b., Shadow of the Colossus até tem alguma pinta no que toca ao mundo aberto. O verde da erva e a transparência da água ajudam a quebrar a monotonia das planícies onde não há mais nada a fazer que não cavalgar até ao próximo colosso. A banda sonora é adequada, tal como fica patente logo na cutscene inicial. Se não souberem japonês, estejam descansados que vão poder contar com legendas na língua de Camões.

Quanto à progressão no jogo, Shadow of the Colossus apresenta três níveis de dificuldade: fácil, normal e difícil. Independentemente do que escolham, o primeiro colosso funciona como uma espécie de tutorial, com dicas sobre o que devem fazer a surgirem no ecrã (podem ser desativadas nas opções). A partir daí, as coisas tornam-se mais complexas. Por vezes, nem são as dificuldades que os gigantes nos colocam, mas sim o facto de termos de encontrar formas de os derrotar com o que temos à disposição, sejam armas ou o ambiente ao nosso redor.

O jogo inclui um modo de fotografia e a função de focarmos a câmara no colosso, algo que transita da versão original e que agradecemos. Os bichinhos movimentam-se bem, deixando a sua marca por onde passam e abanando a sua esplendorosa pelugem, mesmo a convidar que nos agarremos a ela, na mais básica mecânica de SOTC que nos é ensinada desde início.

Em resumo, quem não jogou há 13 anos pode juntar-se agora ao clube num verdadeiro clássico dos videojogos; por outro lado, quem comia colossos ao pequeno-almoço nos saudosos anos 2000 tem aqui uma oportunidade para os voltar a saborear, numa versão gourmet que conserva todo o sabor original.

Por Luís Miroto Simões
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