Stray: Ser gato está na moda e é uma boa forma de passar o tempo

Há jogos que nos marcam pela inquestionável qualidade gráfica, outros pela forma como a apurada narrativa nos envolve e outros simplesmente por serem fenomenalmente originais. Este é o caso de Stray, novo jogo da Annapurna Interactive, que nos oferece uma experiência completamente inovadora, ou não estivessemos na 'pele' de um gato.

E é essa uma da grandes magias deste título, criado pelo BlueTwelve Studio, onde nos aventuramos de forma envolvente num ambiente meticulosamente desenhado e onde, de facto, nos sentimos como um felino de rua.

Somos um desgraçado gato que se afasta dos seus companheiros e que embarca numa jornada de conhecimento e experimentação, com o objetivo de regressar ao convívio dos 'seus'.

A dinâmica de jogo é bastante interessante e surge em sintonia absoluta com um universo meio 'cyberpunk' onde realmente sentimos que não temos 'pedalada' para nos aguentar e onde toda a ajuda é necessária. Gráficos de exceção, um ambiente que nos motiva a querer sempre ver mais um pouco e uma jogabilidade que assumidamente nos conduz pelos caminhos que temos de seguir.

Significa isto que não estamos perante um mundo aberto onde podemos andar a pular por onde queremos. Existe uma caminho que temos de seguir e pelo qual podemos avançar ao nosso ritmo, mas sem nos desviar muito da rota.

O lado sonoro dos jogos, que muitas vezes é negligenciado, teve o devido cuidado em Stray e até o simples detalhe do comando da PS5 nos 'miar' de vez em quando é algo que nos deixa de sorriso nos lábios. 

E é com esta base que partimos para o jogo, mergulhados numa realidade pós pandémica e onde não há sinal de vida humana. Ficaram as máquinas, com as quais não sabemos muito bem se podemos contar ou não, mas que nos mostram que a vida como a conhecemos até pode fluir normalmente... mas sem pessoas.

Aliás, há uma máquina na qual podemos confiar - B-12. Trata-se de um robô que se vai juntar a nós e dar-nos duas coisas essenciais: uma mudança em termos de jogabilidade e ainda aquele 'quentinho' de saber que não estamos absolutamente sozinhos. É ele que nos ajuda a traduzir placas informativas, guardar itens, ter luz e até combater os nossos adversários.

Destaque final para tudo aquilo que a BlueTwelve fez para criar uma experiência fidedigna daquilo que é o comportamento animal. Algo que agarra ainda mais todos aqueles que são amantes de videojogos mas também de 'patudos'.

Feitas as contas Stray é um jogo com muita qualidade e que vale mesmo a pena experimentar, porque não é todos os dias que podemos ser um protagonista tão especial e vivenciar um jogo de um ponto de vista tão diferente. E atenção, porque em termos de narrativa a história faz jus ao resto e é um 'mimo'. 

Por João Seixas
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