A Zero é a primeira empresa de formação e desporto especializada no ensino educativo e desportivo de jogos eletrónicos a atuar no mercado nacional. Com uma estrutura fortemente pedagógica, a empresa tem como missão promover o papel dos desportos eletrónicos na educação das crianças e dos jovens em Portugal, desenvolvendo jogadores e professores. As ofertas formativas da Zero assentam em três pilares que a empresa aponta com fundamentais para o desenvolvimento digital dos jovens: Boas práticas digitais, Formação social e Desportos eletrónicos. Estivemos à conversa com Bernarod Correia, CEO da Zero.

1) Quem é a Zero?

1) Quem é a Zero?

A Zero é uma empresa de formação e desporto, especializada no ensino educativo e desportivo de jogos eletrónicos. Com uma estrutura fortemente pedagógica, tem como missão promover o papel dos desportos eletrónicos na educação das crianças e dos jovens em Portugal.

A empresa praticou as primeiras experiências presenciais e gratuitas durante a Comic Con 2018 e a Eurogamer Portugal Fest 2018, com um total de 10 aulas realizadas em apenas 2 modalidades e uma taxa de participação muito acima do esperado.

2) Que necessidades respondem?

É incontornável e transversal a todas as faixas etárias. Estamos todos cada vez mais tempo ligados e online. Paralelamente, a indústria dos desportos eletrónicos, vulgo Esports, é a que regista o maior crescimento em todo o mundo, com a crescente maturidade do mercado a criar as condições e a abrir as portas à profissionalização de todos os intervenientes.

Contudo, esta mudança de paradigma traz novos desafios, tanto nas atividades de gerações mais jovens como na capacidade de acompanhamento por pais, escolas e clubes, entre outros. Existem crianças, jovens e adultos que jogam durante longos períodos de tempo online com o intuito de se tornarem melhores jogadores, participarem em competições e almejar o profissionalismo. Para os pais e as escolas, é difícil acompanhar o tempo que passam online a jogar e ainda se torna mais difícil encontrar alternativas para que esta atividade traga mais benefícios para a educação e para o desenvolvimento dos mais jovens. Além de tudo isto, existe um grande abandono da prática desportiva a partir dos 16 anos de idade, impedindo a influência dos valores éticos e morais desportivos na educação e no desenvolvimento de muitos jovens.

Na Zero queremos utilizar os desportos eletrónicos como um meio para ensinar e educar e não apenas como um fim para entreter. Desta forma, queremos fornecer alternativas que respondam a todas estas necessidades, através de formações para praticantes, formadores, pais e encarregados de educação.

3) Existe necessidade de formação desportiva nos Esports?

A aproximação ao desporto e a outras atividade recreativas também se deve à nossa leitura do mercado dos jogos e dos desportos eletrónicos. Existem muitas semelhanças e é nessas atividades que está inspirado o nosso modelo de negócio. Quando comparados, apesar de todas as competições e eventos associados aos jogos, observamos que há muitos praticantes, mas não há os mesmos recursos nem conhecimentos para se criarem programas de formação nesta área, principalmente com acompanhamento presencial. Por essa razão, pretendemos também realizar formação para formadores e criar profissionais qualificados e remunerados.

4) Qual é a oferta formativa e pedagógica que disponibilizam nas diferentes formações?

As ofertas formativas da Zero assentam em três pilares que a empresa aponta como fundamentais para o desenvolvimento digital dos jovens: Boas práticas digitais, através da mediação e promoção da boa utilização da internet; Formação social, preparando os formandos para os desafios da vida, a promoção do bom uso dos videojogos e o fornecimento de atividades lúdicas e desportivas; Desportos Eletrónicos, com a transmissão dos valores éticos e morais do desporto, treinando a disciplina, o equilíbrio emocional, a resistência mental, a concentração e o foco nos objetivos.

As formações podem ser presenciais, online ou mistas e contamos com dois modelos de formação: pontual, através de módulos intensivos leccionados num curto espaço de tempo; e regular, através de programas de média ou longa duração e com horários regulares, como uma atividade extra-curricular, por exemplo.

5) E o vosso âmbito de atuação?

A Zero atua no mercado nacional em parceria com estabelecimentos de ensino e entidades desportivas com o objectivo de estabelecer a sua oferta formativa como uma área complementar alternativa ao desporto, à música, às artes e até à formação profissional. Dentro da indústria dos jogos eletrónicos, pretendemos ter uma relação próxima com espaços de gaming e satisfazer os pedidos de formações de quem procure os nossos serviços.

6) Que leitura fazes do mercado nacional e internacional?

A nível internacional, por este ser já um mercado multimilionário, há também uma maior ambição e promoção de formações no Brasil, EUA ou Coreia do Sul. Na Europa, de acordo com um estudo do IPSOS de 2016, 71% de rapazes com idade entre os 18 e os 24 anos passam mais de 10 horas por semana a jogar computador ou consola. Esta prática, já é um dos principais hobbies dos jovens adultos, pelo que a necessidade de ter uma forte base formativa desde cedo é essencial para o desenvolvimento das crianças.

Observando o mercado dos desportos eletrónicos em Portugal, não há nenhuma entidade com capacidade para se focar numa estrutura de formação pedagógica, apesar de existirem entidades e indivíduos que se voluntariam para ensinar os seus jogadores com o objetivo de obter melhores resultados competitivos. Só agora começam a aparecer alguns projetos pioneiros que procuram criar a sua própria estrutura pedagógica e ter um maior contributo para a sociedade, onde está incluída a Zero.

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