20 anos a lutar pela liberdade em Oddworld: Abe's Oddysee

PS4 recebeu remake em 2014

Hoje falamos de um jogo muito interessante que terá passado despercebido a muito boa gente, mas que vale a pena recordar. A temática explorada, os gráficos sombrios e a própria crueldade foi explorada a um nível inovador há precisamente 20 anos. Falamos de Oddworld: Abe's Oddysee.

Os Mudokons eram escravizados, obrigados a trabalhar na tal fábrica. O jogo começa com um vídeo introdutório onde os Glukkons se reúnem para analisar as receitas do negócio, que eram cada vez mais escassas. Abe, um Mudokon honesto e considerado até o empregado do mês – conceito cheio de ironia numa sociedade de escravos - , passava à porta da sala onde decorria a reunião e, por acaso, ouviu o plano dos Glukkons para fazerem renascer o negócio: nada mais, nada menos do que fabricar novos produtos com carne de… Mudokons, os próprios empregados!

Abe ficou naturalmente em pânico e decidiu tentar escapar da fábrica. E aqui começava a nossa aventura. Sozinhos ou com amigos, tínhamos pela frente um jogo de plataformas recheado de puzzles, enigmas e problemas para resolver. Apesar de ter a boca costurada, Abe conseguia falar e era assim que convencia os da sua espécie a fugir com ele. A quantidade de Mudokons que salvássemos determinaria o final do jogo (havia dois cenários). Isto se lá chegássemos.

A jogabilidade, apesar de limitada a 2D, fazia um belo uso das potencialidades do comando da PSX. Combinações de botões davam uma vitalidade assinalável a Abe, quer nos movimentos, quer na fala, e até noutros sons mais… malcheirosos. É que, apesar do ambiente pesado do jogo, o humor também estava presente, e em doses generosas.

Oddworld: Abe's Oddysee foi um sucesso de vendas e teve direito a várias sequelas. De resto, o jogo original foi alvo de um remake todo ‘fancy’ com vista à PS4, em 2014. Se tiverem a velhinha PlayStation a funcionar (lamentavelmente a minha PS One faleceu), tentem arranjar o jogo. Mas um simples PC com o software certo e um DualShock podem fazer milagres quando é hora de recordar um clássico.

Por Luís Miroto Simões
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