A maratona de Barcelona não é das mais fáceis de se fazer - já explicaremos o porquê... -, mas a beleza do percurso, desenhado para ser uma verdadeira viagem turística a uma das mais emblemáticas cidades espanholas, vale bem o esforço de percorrer os míticos 42,195 quilómetros.

Acompanhe todas as aventuras "maratonianas" em Um Runner (a fazer de conta).

À primeira vista, Barcelona tem tudo para ser uma prova plana - e a promessa dada pela organização é que a edição deste ano seria mais acessível do que as anteriores -, mas assim que começámos a correr percebemos que iríamos ter tudo menos uma tarefa facilitada pela altimetria. Estamos mais numa espécie de carrossel disfarçado de plano, com subidas curtas e pouco acentuadas, daquelas que não matam... mas moem!

E com isso tudo, quase que nos esquecemos que vamos percorrendo alguns dos pontos mais emblemáticos da Cidade Condal. Desde logo a zona de partida (que também é a de chegada), com Montjuic lá ao fundo. Aí, no passado domingo, mais de 17 mil corredores esperaram o tiro de partida ao som da música ‘Barcelona’, de Freddie Mercury. É a banda sonora perfeita, no cenário perfeito, para se começar uma aventura que acabaria, correndo tudo bem, 42 quilómetros e 195 metros depois.

O que se seguiu foi, como dissemos acima, um passeio a ‘ritmo acelerado’ pelos principais monumentos de Barcelona, desde Camp Nou (pode ser considerado um monumento, certo?), a Sagrada Família, a Casa Batlló ou o Arco do Triunfo. Tudo isto sempre com um forte apoio popular, que aqui e ali nos ia ajudando a esquecer as dores que iam surgindo e também a ganhar força extra para enfrentar as (tramadas) subidas que íamos encontrando no caminho.

Então e as pernas?

No meio disto tudo, voltámos a correr uma maratona a dar tudo, apenas três semanas depois do termos estado em Sevilha - onde também corremos a fundo. O resultado acabou por ser mais um recorde pessoal (uma melhoria de quase um minuto em relação a Sevilha), pese embora todas as dificuldades encontradas. Não só pelas já tão faladas subidas, mas também pelo próprio desenho do percurso, com dois retornos algo longos que obrigaram a recorrer a muita força mental para não sucumbir perante as adversidades. Aqui, passou-nos pela cabeça parar ou abrandar o ritmo. Afinal de contas, o que importava era ir a Montjuic buscar a medalha de ‘finisher’, mas o apoio popular que íamos encontrando deu-nos mais uma forcinha para não nos deixarmos derrotar pelas dores. E no final, lá saiu um tempo de 3:21:53 horas. Missão cumprida e agora... venha a próxima!

As ‘máquinas’ da maratona: ASICS DynaFlyte 3

Depois de cerca de 120 quilómetros de treinos, efetuados ao longo de três semanas, o último domingo marcou o derradeiro teste às DynaFlyte 3 da Asics: correr uma maratona. Fizemo-lo em Barcelona, numa prova na qual foi possível perceber tudo aquilo que estas sapatilhas têm para nos oferecer. E a primeira sensação que tivemos foi desde logo a leveza deste modelo - não, não é o mais leve que testámos, mas está num patamar médio que nos agradou particularmente (pesam 257 gramas). Por isso, não se sentindo em demasia nos pés, estas DynaFlyte 3 destacaram-se ao longo dos treinos e na prova que fizemos pelo conforto que nos deram a cada passada.

No que à performance diz respeito, um dos maiores segredos do sucesso deste modelo acaba por estar colocado na meia-sola, onde a plataforma Flytefoam Lyte tem um papel crucial em dar à nossa corrida a responsividade para rolar em ritmos mais elevados. O único senão desta meia-sola acaba por ser o amortecimento algo reduzido, o qual sentimos como um ponto negativo quando passámos a barreira dos 30 quilómetros. Mesmo assim, passaram com nota elevadíssima neste rápido e exigente teste.

As DynaFlyte 3 têm um drop de 8 mm (20/12) e estão à venda com um preço sugerido de 160 euros.