Pedro Queirós no topo do Mundo: alpinista tornou-se no 6.º português a chegar ao cume do Evereste

A 9 de maio entrou na história, naquele que foi o culminar de uma longa jornada que começou em 2015, muito por conta de um terramoto que lhe mudou a vida

"Às 9:39 cheguei ao topo do Mundo e ainda me custa a acreditar". Já passou mês e meio desde o dia 9 de maio, mas é assim que Pedro Queirós, um lisboeta de 41 anos, diz sentir-se quando olha para trás e recorda a jornada que o levou ao Evereste. Ainda não consegue acreditar que chegou lá, aos 8,848 metros, um número que sabe e repete sem hesitar por um segundo. Foi o culminar de uma jornada de 39 dias, desde o ‘base camp’, a 5364m, até ao topo do planeta, que o obrigou a resistir a condições complicadas, como as temperaturas entre os 30 positivos e os... 40 negativos. Mas aquilo que mais o marcou sucedeu a 150 metros do topo, no ‘Hillary Step’. Passou por um cadáver, "firme e hirto, deitado como se estivesse no sofá a ver um filme no Netflix". Tão perto do cume, poderia ter visto as energias fugir, mas aconteceu o oposto. "Aquilo despertou em mim um instinto animalesco e primário de sobrevivência. Pensei ‘não vou ficar aqui como ele, vou viver’. Não sei o que me aconteceu, fiquei super concentrado e forte. Impressionante como ao ver um cadáver ganhei energia para continuar." E assim foi.

Por Fábio Lima
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