O contrato vitalício de João Vieira Pinto

Memórias

A época não estava a correr bem ao Benfica. Paulo Autuori fora contratado para dar início a um ciclo ganhador, preparado com tempo e de acordo com todas as condições exigidas. Mas em finais de dezembro de 1996, a Supertaça tinha ido com estrondo (vitória do FC Porto na Luz por 5-0) e o campeonato já estava longe. A direção de Manuel Damásio preparou então um acontecimento para desviar as atenções e levou doze dias a convencer João Pinto a assinar um contrato vitalício, isto é, que o vinculasse ao Benfica até 2004, ano em que completaria 33 anos. Certa noite recebi telefonema de João Gaspar, advogado com ligação a vários jogadores, e com quem contactara, um mês antes, por alturas da primeira despedida de Futre do futebol – a 10 de dezembro de 1996, Paulo rescindiu com o West Ham, chegou a Lisboa e convocou uma conferência de Imprensa para dar a conhecer a drástica decisão. Gaspar foi claro nesse contacto: "Rui, esteja amanhã na Luz. Vai passar-se algo importante com o João Pinto."

Por Rui Dias
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