A nossa análise ao modelo de performance da marca alemã
Diz a sabedoria popular que à terceira é de vez e, ao olhar para aquilo que a adidas fez na sua linha de performance... é mesmo esse o caso. Depois de dois modelos iniciais bons, mas aos quais parecia faltar algo, a marca alemã conseguiu finalmente acertar na mouche com o Adizero Adios Pro 3. Não é um modelo novo, já está no mercado há quase um ano, mas a verdade é que nos últimos tempos os resultados da elite mostram que não há necessidade (pelo menos para já) de apresentar uma evolução. E mesmo não sendo novo, a adidas tem-se esforçado em mantê-lo 'vivo' como novidade, com o lançamento de novas cores: neste momento estão disponíveis dez esquemas distintos.
Na primeira vez que foi mostrado em público, muitos olharem de lado para o seu visual, por causa de um aspeto algo 'bulky', muito diferente do que víamos no Adios Pro 2. Pensou-se que poderia vir dali um modelo algo pesado, mas assim que lhe pegámos percebemos que não era esse o caso. Está ligeiramente mais pesado, é certo, mas nada de mais. São cerca de 220 gramas, um peso em linha com aquilo que se pede para um modelo de performance, pensado apenas e só para o dia da verdade. Tal como a segunda versão, o Adios Pro 3 tem uma altura de meia-sola a bater no limite da World Athletics (39.5 mm), mas a grande diferença reside mesmo no drop, que no modelo mais recente é de 6.5mm, contra os 10mm do anterior. Isso faz com que a sensação de corrida seja muito mais natural.
Feito este preâmbulo, vamos então mergulhar naquilo que são as Adizero Adios Pro 3. Uma sapatilha de performance, capaz de nos fazer render ao nosso melhor nível em provas dos 5 quilómetros à maratona. As sapatilhas não vão correr por nós, mas serão capazes de nos fazer dar a nossa melhor versão. Essencialmente pela presença de uma espuma de meia-sola do mais avançado que a marca alemã já produziu, que aliada com a placa de fibra de carbono nos dá um retorno de energia muito superior. Aqui o termo placa de fibra de carbono tem de ser acompanhado por um grande asterisco, pois na verdade os Adios Pro 3 não têm uma placa integral, mas antes uns chamados 'rods', que se prolongam até ao metatarso em cinco tiras distintas. Isso faz com que a responsividade seja mais focada no ponto de maior contacto com o solo e não de uma forma uniforme. Na nossa experiência, os 'rods' funcionaram na perfeição e deram-nos uma sensação que nunca tínhamos tido em viragens apertadas, mas é um modelo que exige um cuidado adicional num primeiro contacto. É estável... mas não abusem!
Tirando esse primeiro ponto de perigo, o Adios Pro 3 tem tudo o que é necessário para ser a escolha certeira para o dia de prova. Tem um nível de retorno de energia enorme, está mais estável e a transição a cada passada está claramente muito mais suave e natural. Isso sente-se não só em provas curtas, mas essencialmente nas mais longas, onde com o passar dos quilómetros não perdemos nunca a sensação de que temos uma espuma de meia-sola a dar-nos conforto e amortecimento.
Passando para a zona superior, as Adizero Pro 3 primam pela simplicidade. Visualmente até são algo futuristas, mas o material da zona superior é pensado numa lógica de poupança total de peso. A malha Celermesh é puramente focada na competição e só está lá na dose estritamente necessária. Sem mais, nem menos. Isso faz também com que o upper seja incrivelmente respirável. Mesmo o que precisamos agora que o verão começa a aproximar-se e, com ele, as temperaturas mais elevadas.
Outro ponto que nos surpreendeu foi a tração. Numa primeira análise, ao olhar para a sola suspeitámos que iríamos ter surpresas desagradáveis quando levássemos estas sapatilhas para condições molhadas ou com alguma gravilha solta. Não podíamos estar mais errados! Seja em molhado, seja em terreno mais solto, a borracha da sola agarra na perfeição. E não se deixem enganar pela aparente dose reduzida de borracha. O composto Continental é de topo e dura, dura, dura... Ainda assim, deixamos um conselho simples: guardem este modelo para os dias de prova, poupem-no para isso e terão aqui umas sapatilhas para muito, muito tempo.
O preço? 250 euros podem ser um ponto algo elevado, mas as inovações apresentadas, a qualidade dos materiais e também a durabilidade aparente fazem justificar por completo o valor fixado pela Adidas. Um preço que, refira-se, está em linha com todos os grandes concorrentes neste segmento.
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