ASICS GEL-Nimbus 26: fórmula de sucesso com melhorias certeiras

A nossa análise ao modelo mais recente da marca japonesa

Quando no ano passado colocou no mercado as GEL-Nimbus 25, a ASICS deu um passo de gigante em tudo aquilo que o seu icónico modelo de longa distância entregava. De umas sapatilhas pesadas, pouco responsivas e algo 'aborrecidas', a marca japonesa apresentou um modelo totalmente diferente. Revolucionário, diriamos. O peso ainda lá estava, mas a sensação era totalmente diferente. Foi provavelmente a maior revolução dos japoneses a par das Novablast.

Quando no início deste ano anunciaram o lançamento de uma nova evolução, a dúvida residia essencialmente em perceber o que viria dali. Se iriam manter a fórmula de sucesso. Ou se iam mexer em algo e, inevitavelmente, poder estragar algo que funcionou tão bem. A resposta, para nosso bem, de todos os que apreciam modelos deste género, foi que as mudanças foram todas para melhor. Não são muitas. Mas o que mudou... mudou e bem!

E comecemos já por aí. Um dos grandes problemas das GEL-Nimbus 25 (tal como nas Novablast 4) era a aderência da sola em piso molhado. Se em terra batida e em estrada a tração era boa, quando o piso ficava algo escorregadio as sensações não eram as melhores. A ASICS percebeu isso, ouviu os corredores e tratou de melhorar. Pegou na fórmula utilizada nos modelos de trail, adaptou-a e colocou nestas sapatilhas uma superfície de borracha que garante segurança em praticamente todos os momentos. O chamado Hybrid ASICSGrip, que mais não é que uma combinação entre a ASICSGRIP, a que é utlizada nos modelos de trail, e a borracha AHAR+. Juntados estes dois componentes, o maior problema das Nimbus ficou resolvido.

Colocando em cima da mesa essa novidade, diríamos que tudo o resto está igual em comparação com o modelo anterior. E ainda bem! Porque o "resto" estava praticamente perfeito. Notámos apenas um ajuste ligeiramente melhorado, o que impede que o pé se mova tanto e possa provocar bolhas ou unhas negras - algo que tivemos no 25.

Em termos de sensação de corrida, continua a ser algo incrível. O amortecimento é fantástico, permite "comer" quilómetros e mais quilómetros sem grandes problemas. E, depois, graças à espuma FF Blast+ ECO, responde de forma bem interessante quando lhes pedimos ritmo. Uma sensação bem similar ao que tivemos no modelo anterior e que confirmámos na terra dos campeões, no Quénia, onde fizemos com elas dois longos treinos na icónica Moiben Road. Um deles de 33 quilómetros, com um pequeno aumentar de ritmo na fase final. Com as pernas cansadas, tanto da distância como pelas brutais subidas, não tivemos qualquer problema em aumentar ritmo. Claro que foi um indicador da boa forma física, mas também mostrou que as Nimbus-26 estão prontas para dar o passo em frente.

De resto, do ponto visual tudo parece mais ou menos igual, mas nota-se uma atenção em dar um aspeto algo mais luxuoso, mais premium, com uma construção melhorada do upper, tanto no aspeto como na própria eficiência. As linhas de estrutura estão ligeiramente alteradas e a inscrição do nome do modelo está localizada agora de uma outra forma.

Fechamos com as especificações, algo que sempre convém apontar neste tipo de análises, mesmo que os números nem sempre digam tudo. Especialmente no peso, já que as 305 gramas não se sentem assim tanto quando poderíamos temer. Em termos de drop, as GEL-NIMBUS 26 têm 8mm, com o calcanhar nos 42mm e a biqueira nos 34mm. Tal como o modelo anterior, o preço de lançamento situa-se nos 200 euros. 'Puxado'? Sim, mas a verdade é que em termos de durabilidade e rendimento nos parece um preço justificado.

Por Record
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