 
A nossa análise ao modelo de performance da marca japonesa
A São Silvestre de Lisboa era o último teste. E as ASICS MetaSpeed Edge+ passaram com distinção. Um ano depois de termos colocado em teste intensivo os dois modelos originais, em 2022, mesmo no finalzinho do ano, tirámos as dúvidas quanto à evolução do modelo estrela da marca japonesa e a impressão foi claramente positiva. E também nos permitiu confirmar aquilo que nos tínhamos apercebido em relação às primeiras. As Edge+, em contraste com as Sky+ (modelo que não tivemos oportunidade de testar), são umas sapatilhas que respondem muito melhor quando o percurso tem algumas dificuldades a nível de subidas.
Isso explica-se pela posição da placa, que é mais pensada para corredores com uma cadência superior, ao invés das Sky, que são direcionadas para quem tem uma amplitude de passada alta. Pode parecer que esta divisão é apenas para vender, uma manobra de marketing, mas a verdade é que por aqui sentimos bem a diferença. E se em plano temos uma responsividade interessante, mas ao nível de umas MagicSpeed2, quando o perfil inclina, mesmo que ligeiramente, é fácil manter o ritmo sem tanta dificuldade como seria esperado. É aí que a placa, em conjunto com a espuma Flytefoam Blast Turbo, mais resposta nos dá.
Um outro teste às MetaSpeed Edge+ foi feito duas semanas antes, na totalmente plana Maratona de Valência. E a verdade é que, mesmo não tendo tanto aquela sensação de responsividade, de retorno de energia a cada passada, a verdade é que estas novas Edge estão bem mais interessantes em relação às primeiras. Há uma maior resposta, ao contrário do primeiro modelo, que tinha uma batida mais seca, quase sem qualquer efeito da espuma de meia sola que tinha a contornar a placa de fibra de carbono. Porque, ao contrário do que se pensa, não é a placa de fibra de carbono que nos dá a responsividade. A maior parte dela vem da espuma de meia sola. E é aí que está a grande diferença de um modelo para o outro. Estas Edge+ tem muito mais composto na meia sola e a placa consegue estar colocada no ponto certo para nos dar um experiência totalmente diferente.
As mudanças nas especificações
Passado este primeiro período de partilha da nossa experiência, olhemos ao lado mais técnico destas novas sapatilhas da marca japonesa - bem, novas... nem por isso, até porque já andam pelo mercado há cerca de meio ano.
A grande mudança visível é mesmo a robustez do modelo, que está bem mais similar às Sky. A altura da meia sola assim o denuncia, passando dos 29mm/21mm do Edge original para os 39mm/31mm no Edge+ - o drop é o mesmo, 8mm. Isso faz com que tenhamos mais conforto, mais amortecimento e, também, mais estabilidade. A subida na altura do perfil, provocada por uma maior dose de espuma de meia sola acaba por provocar a outra mudança radical, com mais 20 gramas no peso da sapatilha (passou dos 190 gramas para os 210). Ainda assim, a verdade é que este maior peso acaba por praticamente não se notar, porque a resposta das sapatilhas a cada passada está praticamente no ponto.
Ao longo das últimas semanas já as levámos aos 100 quilómetros no total e um outro dado que nos chamou a atenção foi a provável durabilidade. É que um breve olhar à sola mostra-nos um estado praticamente imaculado, o que até nos surpreende tendo em conta que a passada do jornalista que as testou é tudo menos 'limpa'. Já que falamos na sola, nota também para a aderência, que está ainda melhor em comparação com o seu antecessor. Agarra como poucas sapatilhas de estrada são capaz de fazê-lo, não fugindo do nosso controlo tanto em piso com gravilha e algo solto como em molhado.
Curiosamente, comparando os dois modelos, o Edge original tem muito mais borracha injetada, mas a verdade é que a configuração apresentada aqui faz com que haja uma maior preservação das zonas em que há realmente impacto com o solo e, por consequência, maior desgaste.
Outro dado que merece o elogio são os novos cordões, verdadeiramente pensados para a competição. Com um relevado bastante pronunciado, é praticamente impossível desprenderem-se quando vamos a correr, impedindo aqueles problemas sempre desagradáveis de termos de parar quando estamos em busca dos nossos melhores tempos.
Visualmente, já com duas cores diferentes disponíveis e com mais a caminho, as MetaSpeed Edge+ estão em linha com a aposta visual que foi feito no modelo original, mantendo cores vivas e um visual agressivo, mesmo a condizer com a necessidade de afirmar estas sapatilhas no mercado da competição. Ainda do ponto de vista visual, ainda que aliado com a nova configuração da espuma e da placa de meia sola, é notória a diferença no perfil, com a zona da biqueira a estar mais elevada em comparação com o antecessor.
De resto, no interior, apesar de ser um modelo leve e pensado para ser minimalista, temos umas sapatilhas bastante confortáveis e com um bom encaixe no calcanhar sem ser demasiado agressivo. Isso evita, por exemplo, o surgimento de eventuais bolhas nesta zona.
Ficha técnica
Peso: 210 gramas
Drop: 8mm (39mm/31mm)
Preço: 250€
Utilização: provas
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