A nossa análise ao modelo de performance da marca japonesa
Quando há dois anos testámos as ASICS MetaSpeed Sky, as primeiras grandes supersapatilhas da marca japonesa, sentia-se finalmente que os nipónicos tinham mudado o foco e estavam no caminho certo. Aquele modelo, que rapidamente começou a aparecer de forma recorrente no topo das principais maratonas internacionais, muito por culpa do investimento da própria marca em patrocinar atletas de maior destaque, era a primeira grande viragem rumo à exigência do mercado de então, que pedia modelos capazes de ombrear com os da Nike.
Dois anos passaram e praticamente todas as marcas colocaram no mercado modelos capazes de jogar de igual contra os norte-americanos. E quase todas com sapatilhas com níveis de performance muitíssimo positivos - se são melhores ou não, não vamos entrar por aí. Por aqui já passaram vários deles, como as Hoka Rocket X2, Saucony Endorphin Pro 3, Puma Fast-R ou adidas Adizero Adios Pro 3, mas ainda faltava testar aquilo que de diferente tinham as novas MetaSpeed Sky+, a evolução do primeiro (verdadeiro) modelo de performance da marca japonesa. Era o teste que faltava, mas que finalmente foi feito.
Um teste que acabou por surgir talvez na altura certa, quando por aqui voltamos a tentar fazer um Sub-3 na maratona. O destino era Chicago. A preparação deu-se no verão e os treinos longos foram exigindo sempre material 'pesado' para dar uma ajuda. As MetaSpeed Sky+ chegaram mesmo na altura certa. Ao longo de cerca de mês e meio, a cada domingo, lá íamos com elas nos pés. Domingo após domingo, foram passando o teste e acabaram naturalmente por ser a escolha para a maratona, o dia do teste final. Às sapatilhas e a nós mesmos. No final, com mais de 200 quilómetros e uma maratona com 2:58.06 no relógio, o balanço do período inicial de teste foi amplamente positivo.
Mais pesadas e mais firmes
Já tínhamos gostado do primeiro modelo, mas temíamos que esta evolução não nos agradasse tanto, especialmente por ainda vermos alguns atletas de elite a utilizar a antecessora. Mas o primeiro contacto permitiu perceber que, na verdade, é tudo uma questão de gosto. Porque aquilo que temos nos pés é igualmente um produto de grande qualidade. Em comparação com o primeiro modelo, a diferença reside primeiro nas especificações, com um peso superior: de 183 para 201 gramas (pesagem feita por nós). Contudo, a maior mudança está mesmo na meia-sola, com uma placa de fibra de carbono colocada um pouco mais acima, mais próxima do pé e com uma curvatura diferente. Isso acaba por tornar as sapatilhas mais firmes, com uma batida mais 'seca', mas igualmente com um incrível retorno de energia - até um pouco maior na longa distância.
Essa sensação mais firme pode não agradar a todos os corredores, mas no nosso caso acabou por ser mesmo aquilo que procurávamos, essencialmente numa altura na qual queríamos ter à disposição um modelo capaz de render a ritmos altos para longa distância. E é mesmo aí onde as Sky+ melhor rendem. Da meia maratona à maratona, a escolha não podia ser mais certeira. Abaixo disso - 5k e 10k -, também rendem, mas ficamos um pouco com a sensação de que aí a melhor escolha talvez sejam umas sapatilhas algo diferentes - muito por culpa da tal firmeza que falamos. Por exemplo, as MetaSpeed Edge+, por terem a placa algo mais abaixo, sem estar tão próxima da planta do pé, pareceram-nos uma opção melhor, tal como são uma opção melhor para fazer treinos de pista, por exemplo.
Voltando às Sky+, há muitos aspetos positivos a realçar, praticamente todos sentidos e confirmados durante a maratona. Em especial o conforto que temos com estas sapatilhas nos pés, mesmo naqueles quilómetros finais nos quais a nossa mecânica de corrida é mais afetada pelo cansaço. Nessa altura, para lá desse conforto, houve algo bastante curioso que fomos reparando: apesar do natural 'inchar' dos pés, os nossos dedos estavam incrivelmente soltos no 'toe box'.
Por outro lado, também notámos um suporte de calcanhar ligeiramente melhorado, oferecendo uma segurança e ajuste superior. Quase perfeito, diríamos. De resto, ainda falando do 'upper', destacamos também a respirabilidade deste modelo, o que se agradeceu (e muito!) durante aqueles treinos mais quentes de verão. Os cordões, por outro lado, melhoram e muito o que tínhamos nas originais e garantem uma fixação praticamente perfeita.
Por outro lado, para finalizar, a sola com 200 quilómetros já apresenta algum desgaste, mas é algo que acaba por ser natural num modelo que, para todos os efeitos está pensado para correr em ritmos rápidos (4'30 ou mais veloz). Quanto mais lento corrermos, maior é o tempo de contacto com o solo e, por consequência, maior o desgaste da borracha. Falando precisamente em borracha, curioso o pormenor da sola na comparação entre as Sky+ e as Edge+, que pode ver na imagem abaixo, que tem como propósito atender às diferentes especificidades dos dois modelos e ao facto de um ter a placa algo mais próxima do solo. E quanto à tração nos mais variados pisos, as MetaSpeed Sky+ apresentam uma resposta do mais elevado que já vimos.
À venda por 250 euros, as MetaSpeed Sky+ são provavelmente dos modelos com placa de fibra de carbono que nos passaram pelos pés. E ainda que a sua utilização venha sendo algo generalizada, dizemos sempre que este tipo de sapatilhas são apenas para ser utilizados em ritmos rápidos e apenas quem corre abaixo de 4'30/km (pelo menos) consegue tirar-lhes o rendimento adequado. Se os vossos ritmos forem acima disso, o ideal é investir noutras sapatilhas, como por exemplo as ASICS SuperBlast.
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