Modelo icónico da marca francesa chega à dezena de versões e continua a ser uma referência
Dez vezes Clifton. Se dúvidas houvesse quanto à qualidade de umas sapatilhas como estas HOKA, o facto de terem em 2025 chegado à sua 10.ª versão diz logo algo sobre isso. No caso, diz muito, especialmente tendo em conta o momento que se vive atualmente no cada vez mais competitivo mercado das sapatilhas. As de performance, com placa de fibra de carbono, levam todo o destaque mediático, mas ainda é por modelos como estas Clifton 10 que muitos corredores aprendem a gostar desta atividade apaixonante. Porque este modelo da marca francesa é aquela opção praticamente perfeita para quem se está a iniciar ou para quem quer ter um modelo para quase tudo. Claro que não são rápidas como umas sapatilhas mistas puras, mas defendem-se bem quando lhes pedimos velocidade por alguns instantes.
Longe vão os tempos em que as sapatilhas da HOKA eram apenas para os excêntricos. Aquelas plataformas elevadas, aqueles design algo berrantes passaram a ser moda e até há rumores de que a Nike decidiu copiar um pouco o visual HOKA para desenhar as novas Vomero 18. Não vamos tão longe, porque a verdade é que o mercado ajudou a dar uma nova dimensão a modelos mais volumosos, com as super plataformas, mas não deixa de ser, ainda assim, algo bastante curioso chegar-se ao ponto de uma super marca como a Nike ser acusada de imitar a HOKA. Isso só quer dizer uma coisa: os franceses estão a fazer algo bem. Porque estão. Não apenas aqui, mas também na performance, com as Cielo X1 2.0.
Voltando ao tema de conversa principal deste texto, as Clifton 10, a verdade é que não podemos dizer que tudo é perfeito. A HOKA optou por fazer algumas mudanças algo radicais e isso, para quem já usou mais de metade dos modelos da saga, nota-se. No caso, o aspeto mais claro nestas Clifton 10 é mesmo a subida enorme na altura da meia-sola e a descida do drop. Enquanto as anteriores estavam nos 32mm de altura máxima e tinham um drop de 6mm, a nova versão aparece-nos com 42mm máximos e um drop de 8mm. Isso faz com que esta nova versão seja algo mais protegida, mais amiga dos corredores que 'atacam' de calcanhar, mas também a torna mais pesada e, ainda que diferente, um pouco mais próxima das Bondi do que das Clifton 'normais'.
Ainda assim, estas mudanças continuam a deixar este modelo como uma opção a ter em conta para quem necessita de um daily trainer para encaixar numa preparação de maratona ou, então, para quem procure um modelo suficientemente amortecido mas ao mesmo tempo algo responsivo para servir de opção de entrada. Há opções mais rápidas neste segmento, como as Novablast 5 da ASICS, mas o amortecimento premium que levamos daqui é algo a ter em consideração.
Esse amortecimento muda um pouco a sensação habitual que tínhamos na HOKA - isso foi mudando a cada ano desta saga -, agora com menos 'ground feel', mas antes um amortecimento bem mais suave e protetor. São os sinais dos tempos, não é verdade? O mercado pede, as marcas entregam. E nisso não há forma de fugir. O problema aqui é que esse amortecimento superior não vem acompanhado de uma resposta tão animada quanto estávamos à espera de ter. Nisso, diríamos que está um pouco igual às Clifton 9. Não está mal, porque as 9 eram interessantes, mas dois anos e meio depois do lançamento anterior esperávamos algo mais 'brilhante'. Contudo, de novo, nada de grave.
Outro ponto em que a HOKA parece ter dado ouvidos aos corredores foi no upper e na forma como foi construído. Mais concretamente na forma, que agora está muito mais larga. Isso vai agradar a gregos e troianos, porque a forma como está construído, mesmo para quem tem pés mais estreitos, garante um ajuste muito bem conseguido. Por outro lado, achamos que vai ser um modelo não tão bom de utilizar no verão intenso - por estar menos respirável -, mas também certamente dos mais confortáveis na forma como se encaixa no pé, especialmente pela língua e colarinho do calcanhar bastante acolchoados. Outro ponto em que sentimos melhoria foi na tração em pisos difíceis, nomeadamente molhado e gravilha. Nota-se que está bem melhor e isso dá-nos uma segurança superior no momento de correr.
À venda por 160 euros, as Clifton 10 não são nenhumas super sapatilhas, não são nenhuma super evolução, mas são um daqueles modelos que, mesmo algo mexido na sua base, não vai deixar ninguém arrependido de comprá-lo.
A nossa análise ao modelo da marca norte-americana
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