Maratona de Chicago: a experiência de Catarina Coito

Ainda noutro universo paralelo. O que aconteceu em Chicago foi muito mais que uma maratona. 'Beyond my wildest dreams'. Foi a combinação de muita amizade, partilha, trabalho, conquista e amor. Fui uma privilegiada, num dia perfeito, numa viagem de sonho. A voltar para Portugal de sorriso nos lábios e muito para contar. Mas vai ser devagarinho para eu prolongar todo este sentimento de felicidade, perda de controle, libertação, superação e de conquista. Mais que um tempo, que nunca pensei sequer atingir, foi uma maratona de sorrisos, mãos no ar, hi5 e até muita conversa. Estupidamente feliz com coisas parvas. Ontem não acreditei, hoje estou nas nuvens... mas já quase a descer à terra e a preparar para vos contar os vários episódios desta linha de chegada Épica.

Episódio 1- Run4exellence

O Paulo e o projeto Run4Excellence entraram na minha vida fez 1 ano em setembro.

Já corria faz tempo. Comecei numas corridinhas em 2015, mas só em 2017 veio o bichinho maratona. Tinha tido muitas corridas maravilhosas e de superação, mas também algumas lesões que me fizeram parar, pensar e mudar o chip para um aproveitar de cada corrida, preparação, e viagem Maratona. O mais importante depois de passar por uma lesão que nos impede de correr durante bastante tempo é simplesmente correr e aproveitar a energia, o sentimento de cura e libertação que a corrida me dá.

Veio a Covid e os planos ficaram adiados, durante este tempo apenas corri para a minha manutenção da felicidade, além da saúde mental e física.

Surge em Agosto de 2021 a possibilidade de fazer Valência em Dezembro e eu conheço o Paulo e o projeto Run4Excellence.

Pegou em mim na minha pior forma de sempre e deu me um plano de treinos, diferente, desafiador, assertivo, mindbracker. Ouviu os meus receios, e com a sua calma inerente e o seu conhecimento baseado na ciência e evidencia explicou-me como devemos modular, estimular e progredir sem ser demasiado penoso física, temporal e familiarmente. Eu fui e confiei.

A minha vida de corredora amadora, mudou. Ganhei descanso e horas à cama. Ganhei qualidade de vida e de treino. Ganhei economia de corrida e um pouco mais de velocidade. Mas calma... apesar de confiar muito no seu trabalho, confesso que tinha muitos receios do que iria acontecer quando corresse uma maratona sem um único treino acima dos 22/23km. Fiz Valência em dezembro de 2021 com muito boas sensações apesar do vento horrível que se fez sentir nesse dia. Fiquei claramente rendida e percebi o propósito do seu método de treino. Começou depois do descanso merecido pós-maratona a preparação de Barcelona 2022 com alguma superações aos 10km ( Rps de 2017) que achei Uau!! A quarentona ainda consegue melhorar alguma coisa. Em Barcelona vivi uma maratona muito feliz, mais desafiadora, com o calor e a altimetria, mas muito controlada e regular. Consegui baixar novamente das 3:40 (coisa que já não acontecia desde antes do covid) ficando nas 3:38. Veio o verão e disse ao Paulo. Chicago não vai ser uma maratona para melhorar, demasiados compromissos festivaleiros, sociais e familiares durante todo o verão. Com treinos sempre em sítios diferentes e horários ajustados a todo um registo de festa e férias.

O Paulo concordou que não seria a situação ideal para melhorar, mas sempre estimulando e estruturando todo o meu plano de treinos. E eu não falhei nenhum… podiam não ser tão rápidos, tão eficazes, a horas menos comuns e com mais ou menos disposição. Mas se confiava, tinha de os fazer.

Na véspera desta maratona falámos de como seria a melhor abordagem e concordamos que o ideal era seguir o plano de Barcelona, ir mais ou menos no mesmo ritmo. Alertando-me que se me sentisse bem podia melhorar um bocadinho, se me sentisse pior piorava um bocadinho e não tinha mal. Tinha sido uma preparação com a mesma consistência, mas com muitos fatores de vida que podiam interferir e muito.

O que aconteceu em Chicago, foi um conjunto de alinhamentos perfeitos que podem nunca mais voltar a acontecer, foi também a primeira maratona que fiz acompanhada (e que me fez acreditar no impossível) desde os primeiros 500 metros até aos últimos 200. Mas no final de contas, veio comprovar-me que este é o caminho e a pessoa que quero ao meu lado para me ensinar a continuar a melhorar a minha qualidade e economia de corrida, sem nunca descorar a parte familiar, laboral e social tão importantes da minha vida.

O plano que comecei desde setembro de 2021 deu-me as ferramentas todas para "que no dia em que os astros se alinharam para mim" conseguir o que nunca imaginava possível, nem nos meus melhores sonhos.

Na verdade, além do excelente e competente treinador e de todo o seu projeto, o texto que tive o privilégio de ler na véspera da maratona e que encontram na @dobem (leitura obrigatória) é sem dúvida um elixir de energia doBem e do que significa uma maratona, é tudo aquilo em que me revejo e inspiro.

Tenho o maior apreço, carinho, amizade, respeito e confiança em ti Paulo e no teu fabuloso projecto. Quem quer qualidade, ciência, seriedade e honestidade comece já amanhã a trabalhar com os Run4Excellence.

Eu já não o largo mais… agora abriste a minha caixa de Pandora.

Bem hajas e muito, muito obrigada por este caminho que vamos trançando pouco a pouco.

Gosto muito de ti

Episódio 2- A Prova

Se há dias perfeitos, não, não há! Mas há momentos perfeitos onde por qualquer razão tudo se alinha ao teu redor e simplesmente acontece magia.

Como já disse anteriormente esta preparação foi bastante mais atribulada e apesar de querer dar sempre o melhor de mim dentro do "laranja" sabia que para ir buscar a medalha da forma prazerosa (como gosto de correr a maratona), iria copiar mais ou menos o modelo de Barcelona e depois logo se via. Como em Chicago as distâncias são em milhas e o gps funciona mal devido aos arranha-céus, tentei na véspera perceber qual seriam os tempos de passagem em determinadas milhas num pressuposto ritmo para uma maratona entre as 3:35 e 3:40. Sabendo sempre que podia ter que na fase crítica da Maratona, a partir do km 30/35 em diante ter de reduzir mais.

Juntamos a grupeta antes da prova, cada um seguiu para as suas caixas. O Hugo (@hugompcosta) como manda a tradição veio comigo e na caixa por coincidência encontramos a @itsuptoyou o @ricsmaia e o @rickyrunnerpt. Cheios de boas energias, juntos íamos correr pela Maria conjuntamente com os aqueles que em Lisboa já se tinham superado e acabado a meia e a maratona de lisboa. Falamos dos nossos sonhos impossíveis de tempos e do que já não seríamos capazes de fazer com o andar dos anos. Motivamo-nos mutuamente, pulamos, dançamos um bocadinho, desejamos boa prova a todos e seguimos para o início da prova cada uma mais ou menos entre os Pacers que poderíamos seguir.

Estava um dia lindo, com bastante frio (fomos comprar uma camisola para depois deixar e doar à caridade), mas com o sol a raiar e com pouco vento. Tínhamos as ruas cheias de boas vibrações, música, alegria. Uma festa!!!!!

Começa a prova e logo pouco depois o Ricardo apanha-me e diz-me "bora CAT!!! Vou contigo" e começamos a nossa jornada, passados uns 5kms ele diz que estamos a um bom ritmo!! E eu digo que acho que vamos rápido demais. Estamos um pouco perdidos com o GPS, mas que achava que devíamos abrandar. Ele diz não, não, vamos continuar que estamos a ganhar tempo e depois mais tarde se quebrarmos já temos mais uns segundinhos. Quem me conhece sabe que eu morro de medo de levar com o marreta, que sou muito controladora e conservadora e que até posso arriscar um pouco e levar depois mais para a frente a fatura mas nunca em demasia. Estava a deixar-me ir e a arriscar tudo.

Passamos os 10, os 15, e eu sempre tão borrada de medo do que me iria acontecer lá mais para a frente. Porque a maratona começa depois do km 25/30.

O Ricardo incansável dizia-me estamos tão bem! Já estamos com 5’ a menos! Podemos sonhar com as 3:35 que seria record para ele. Passamos a meia-maratona com 1:40 e ele diz me fogo que espetáculo. ainda não quebramos e continuamos a manter o ritmo. E eu a pensar aí que vem aí uma marretada tão grande!!!!Mas a deixar-me ir libertar-me, encarar com positivismo, boas sensações e o ACREDITAR. Depois da meia, disse-lhe "pronto vamos começar tudo de novo e seja o que for" ele muito motivador a dizer que se mantivéssemos o ritmo podíamos chegar perto das 3:30.

Depois dos 25km comecei a dizer-lhe que vamos dividir por blocos de 5km e comecei a acreditar que o impossível poderia acontecer é que talvez chegasse-mos mesmo a fazer uma prova muito melhor do que estávamos à espera e no limite dos 3:30. Aos 32 acreditei que conseguimos descer dessa marca e aos 35 pensei fogo isto é duro duro mas eu consigo acreditar até ao fim. E fomos. quando ele a 2kms do fim disse me "eu assim talvez consiga baixar das 3:25 e tenho índice para Boston." E eu disse logo, vai, vai. mas o Ricardo ficou comigo sempre, sempre até aos últimos 200 onde viu que realmente seu sonho poderia ser uma realidade e conseguir o índice. Eu só dizia vai, vai e chegou à meta 20’ antes, conseguido o inimaginável no início da prova RP por mais de 16’ e índice de Boston!!! Grande RICKY!! Eu acabei 20’ depois sem ainda acreditar que tinha corrido uma maratona abaixo das 3:30 … 3:25:00, com ele de braços abertos incrédulos à minha espera. Mas mais importante que os tempos, foi uma maratona de equipa, de parceria, de companheirismo, de me deixar ir e acreditar no que eu achava que era impossível, de sorrisos, conversas e caça às fotografias, aos hi5, de gritar e cantar com o público.

O cansaço aparece sempre depois de 30km, os últimos 12,195 km são sempre uma luta entre a cabeça e as pernas. Desta vez ganhou a motivação desta equipa improvável de tugas e de good vibes que se juntou por acaso. Foi tudo perfeito.

Bochechei 3 geis, tomei sal nos momentos certos, molhei os lábios em água em todos os abastecimentos, e depois do 33/35 molhei com Gatorade. Mas a melhor energia foi mesmo a combinação de toda organização, abastecimento, apoio na rua, temperatura, cabeça e companhia.

As pernas foram as minhas, mas não sei o que lhes deu. Senti-me feliz e capaz, mas se não fosse o Ricardo a levar-me nunca teria arriscado nada disto. América o Love Running in your streets, i love all the love, support, happiness and kindness. Thank you for this perfect moment.

Obrigada por este momento perfeito

Episódio 3 - Isabel Silva

Quando falamos da Isabel, pensa-se sempre na sua energia, alegria contagiante. Uma mulher que é uma comunicadora nata e que está sempre bem disposta feliz e contente. Sempre pronta a partilhar de forma genuína e simples.

A Isabel figura pública, é uma força da natureza, uma simpatia, muito profissional, com um discurso honesto, de quem fala, desenvolve e promove tudo o que acredita para si e para todos. Não é de deixar nada por dizer, mas fá-lo sempre de uma forma cordial e motivadora, com inputs positivos. Sempre a explicar e a pensar como motivar o mundo a ser mais e melhor. Procura os que mais com ela se identificam para complementar o seu propósito e viver a vida como ela sente que é o seu caminho. A sua forma de comunicar é para inspirar cada um de nós a sermos todos os dias uns bocadinhos mais doBem.

A Isabel amiga é uma companheira maravilhosa. Cada dia, cada viagem que fazemos nestas aventuras, conheço-a melhor e percebo cada vez mais o seu crescimento como mulher, como profissional, como atleta. É rigorosa consigo e quer ter a certeza que está a fazer o melhor. Sem competições com ninguém apenas consigo na sua constante luta de atingir a melhor versão se si.

Gosta de performance e tem uma resiliência incrível de aguentar treinos e ou adversidades que lhe aparecem à frente no decurso do plano de treinos e trabalho.

Gosta de se superar, mas fica tão ou mais feliz de ver a superação dos outros e de perceber que pode contribuir de alguma forma para o sucesso e crescimento dos que lhes são queridos.

Acha que é aérea, sempre com mil coisas na cabeça, e com imensas ideias que por vezes podem parecer aos outros, um pouco de desprendimento e pouca paciência para aturar filmes.

É simples, sem complicações, mas ao mesmo tempo cuidadosa e criteriosa nas suas escolhas e atitudes.

Uma mulher doce, lutadora, empreendedora, cheia de projetos e responsabilidades, com uma atitude proactiva, de garra, de querer perguntar, melhorar, aprender, crescer e enfrentar os seus medos de frente. Vai sempre atrás daquilo que acredita, mesmo que seja difícil, desafiador e sem chão.

Tem a sua vida super preenchida com eventos, acontecimentos, amigos e trabalho, que por vezes a impedem de treinar com ainda mais afinco e método, como sei que gostaria. Muito dos seus treinos faz sozinha e sem a companhia seja da grupeta de amigos corredores, seja de quem puxe por ela para a obrigar a sair da sua zona de conforto. Mas é sempre persistente, consistente, lutadora, sem baixar os braços e dar-se por vencida.

Nestas nossas viagens de maratona, temos sempre as mesmas rotinas básicas, não inventamos muito. Vamos sempre uns dias antes, alugamos um apartamento para podermos cozinhar, marmitando em todo o lado. Ensinou-me o quão importante é saber privilegiar o sono e o descanso, coisa que eu sou péssima e que tenho vindo a melhorar.

É ansiosa, preocupada e gosta de ter tudo pensado ao milímetro do que poderá acontecer e ter de fazer. Por vezes insegura e sempre muito cautelosa na sua abordagem à prova. Até porque quer vivê-la intensamente e de forma prazerosa. Mas ao mesmo tempo começa a arriscar mais e é super improvisadora e relaxada paro o "se não aconteceu é porque não que tinha de acontecer".

Tem uma família linda que me acolhe sempre que vou ao Porto e que me mima muito, e que eu gosto verdadeiramente.

Conheço-a desde 2015, já fizemos algumas viagens de corredores juntas. 1 meia-maratona e 5 maratonas. Muitas delas com mais malta da nossa grupeta que rima com cometa.

Cada vez mais admiro o seu crescimento, a sua forma de ser mulher, profissional e estar na vida. Cada vez é mais minha e querida no meu coração. Sempre estivemos sem falar temporadas gigantes e somos capazes de treinar juntas uma meia dúzia de vezes nestes ciclos de preparação, porque a vida tem outras assuntos, pessoas e horários. Mas ela sabe que se precisar é só ligar-me e eu sei que é igual também.

Não tem receio de dar o que for preciso, mas também adora receber amor e ser mimada e acariciada.

Devemos sempre agradecer às pessoas que merecem, muito obrigada, minha querida. O Bem e o amor são mesmo o teu maior propósito.

A minha Isabel Silva é mesmo IncríBel ??

Episódio 4 - A maratona

A maratona é uma viagem incrível, é a nossa castradora e controladora implacável durante os meses de preparação para que no dia em que a façamos lhe tenhamos respeito e admiração.

É a minha distância favorita, é aquela que me faz aprender em todas as viagens, a que me ensina a ser prudente, respeitadora, resiliente, trabalhadora, emotiva, sonhadora. Todas me deram coisas boas, menos boas. Todas fizerem parte do meu percurso amador e de quem quer continuar a viver estas sensações durante muito tempo.

Não há uma igual a outra, mesmo que a queiramos replicar.

Obriga-nos a ser mais cuidadosos e organizados durante o pré-maratona, mas também nos dá liberdade para no pós pudermos tudo. As sensações de invencibilidade e de ser um furacão de força e de vontade.

Ensina-nos a ser humildes e a não achar que esta invencibilidade é para sempre e que é pera doce.

A maratona é uma viagem semelhante à vida: temos momentos bons, médios, maus, muitos maus, muito bons e excelentes. Mas ensina-nos a lidar com eles e a ter de os enfrentar e encarar de frente. Faz-nos crescer, e todas elas são histórias para contar.

Só 1% da população mundial se sujeita a isto. Tem a coragem de levar paulada e penar durante 3,4,5 6 horas. Não há maratonas sem sofrimento ... quem diz isso está a ocultar algum tipo de sentimento. Não quer dizer com isto que seja um sofrimento físico ou mental extenuante, mas

é sempre um esforço físico e mental gigante, a que nos propormos para nos tornarmos uma melhor versão de nós. Para estimularmos a nossa mente e o nosso físico e tornar-nos mais fortes e preparados para os restantes problemas e desafios na nossa vida.

Ficamos mais criativos e emocionante diferentes também.

A partir do km 30/35 pode não haver muro, mas há sempre sofrimento.

É um processo maravilhosamente inexplicável de foco, cura interior, retiro e de conexão. É sentir dor e sentir alívio nessa Dor. Uma viagem psicossomática intensa ao teu interior.

Gosto muito também desta fase pós maratona, onde analiso, penso, racionalizo e descubro o que foi que aprendi neste processo todo. Gosto muito destes dias após onde não quero que o tempo passe e que preciso de congelar o momento para eu apreciá-lo devagar e guardá-lo para mim. Gosto de levar o meu tempo a recuperar do esforço físico e emocional, de apreciar cada uma durante algum tempo. Dar-lhe espaço e voz interior.

Quero muito as SIX MAJORES, mas não tenho pressa delas... eu sei que elas um dia vão chegar. Gosto também muito das mais pequenas e de aproveitar o "maratorismo," o convívio e o passear.

Quero corrê-las a ter de ser velhinha, velhinha e ir aprendendo sempre com cada uma.

Gosto de ti maratona. Obrigada por me dares tanto

Episódio 5 - Família e amigos

Um dos maiores pilares da vida é nossa família (a de sangue e a que escolhemos, os amigos). São eles que nos dão força, energia, apoio, motivação para andar para a frente e ir atrás dos nossos sonhos. São eles que aguentam as pontas quando estamos fora, que nos aplaudem mesmo sem perceber bem o porquê disto de correr maratonas, que não se importam quando faltamos algum compromisso por causa do treino ou da prova, que não nos cobram presenças, que gritam agarrados a uma aplicação como se estivessem a ver apostas de corrida, que nos colocam as mãos nas "costas de longe" para quando estamos a correr quer em prova quer nos treinos duros conseguirmos ser mais rápidos e resistir.

São os que do outro lado do oceano, do mundo, vibram com as nossas conquistas, que as celebram como se fossem suas.

Os que gritam na rua quando passamos, que nos procuram na multidão e dão-nos um alento extra.

São os que não nos entendem (aos corredores), não conseguem perceber estes elixires mágicos da corrida, nem conseguem imaginar como isto nos transforma emocionalmente e fisicamente, mas se nos faz feliz e se é isso que precisamos para ser mais realizados e completos, são os nossos maiores motivadores.

São os que se preocupam, se estamos a descansar, a comer bem e que nos dizem não exageres, mas não te cortam as asas para poderes voar. Às vezes chamam-nos à razão e colocam um travão quando merecemos ou estamos a precisar.

Depois temos os que os nos entendem, os que vivem estas emoções, e o que sabem o que significam, que se em provas pudessem dar-nos as pernas ou empurrar-nos para a meta iam logo, logo. Os que acordam de madrugada sem planos de treinos para nós fazerem companhia, os que dão abastecimentos nos treinos longos, os que dizem está quase e vais conseguir, os que voam e partilham estas viagem comigo, contigo, connosco.

Se a corrida é um desporto singular sim…, mas a grupeta que rima com cometa está sempre em equipa para nos apoiarmos mutuamente e vibrar com as emoções e conquistas uns dos outros.

Para podermos sonhar alto, alcançar estes sonhos que podem parecer ridículos, tolos e uma perda de tempo, precisamos deles, de todos eles. São os nossos motores quando o carro teima em não pegar, são o nosso combustível, são a nossa luz que mantém a chama acesa. São os que gostam de nós até ao infinito e mais além "and Got a friend on me". São os que nos amam e nos permitem liberdade por esse amor.

Obrigada aos meus! OBRIGADA, família linda,

OBRIGADA, amigos. Os melhores são os meus!

Bem hajam

Autor: Catarina Coito

Deixe o seu comentário

Últimas Notícias

Notícias
Newsletters RecordReceba gratuitamente no seu email a Newsletter Geral ver exemplo

Ultimas de Record Running

Notícias
Notícias Mais Vistas