Nesta era da modernidade e da quase ida a Marte, ser jogador profissional de futebol é um privilégio. Mas atenção, não falo de todos os jogadores. Pelo contrário. Estou a referir-me à pequena minoria que está perto do Olimpo. Falo sim, dos que jogam num clube grande. Dos que fazem parte da Seleção Nacional do seu país durante vários anos. Dos que são representados e bajulados por um agente de topo. Fazer parte deste grupo é sinónimo de grandes mordomias e visibilidade. Nos jornais, nas televisões, nas revistas cor de rosa, nos convites para campanhas publicitárias, no acesso ao Presidente da República e ao Primeiro Ministro, conversando com eles como grandes e particulares amigos.
E tudo isto, dá estatuto. E permite, que todos aqueles que não tenham sido, geneticamente falando, abençoados com particular beleza exterior, possam passar pela inolvidável experiência do matrimónio. Civil, religioso ou unidos de facto, com todas aquelas maravilhosas e esbeltas princesas (modelos, atrizes, apresentadoras de programas de televisão, ‘misses’, cantoras, etc.) com quem têm a felicidade de viver e partilhar a sua vida.
É a este fenómeno natural, nada planeado ou pré concebido por alguém ou alguma coisa, que se dá o nome de ‘dividir o bem pelas aldeias’. Sejam eles bonitos, feios, pobres, ricos, com ‘pedigree’, sem ele, novos, velhos, com Porsche, com Fiat, com cabelo, sem cabelo... eles têm é de ser jogadores!
Mas nem sempre assim as coisas aconteciam. Às vezes, os percalços e o inesperado tornava uma aventura num desastre existencial. Lembro, nos idos anos 80, quando jogava no Vitória de Setúbal, uma saída a Lisboa, depois de um jogo.
Alguns de nós, seis ou sete, combinámos ir jantar à capital e depois passar pelo Indelével do Marquês, para descomprimir. Passado um tempo, um colega nosso, que tinha ido à porta de saída fumar um cigarro, diz-me:
– Toni, vais ter de voltar com o Formosinho, pois eu conheci uma morena linda e vou ficar cá. Não te importas?
– Claro que não. Vai e porta-te bem.
E aí foi ele, desarvorado, a cantar e rir.
Terça feira seguinte, treino às 10 horas. Ao chegar ao Bonfim, deparo-me com o ‘Alain Delon’ da noite de domingo com um ar de quem não dormiu durante uma semana.
– Toni, tens de me ajudar. Não sei o que fazer. Não consigo encarar a minha mulher. Não durmo nada desde aquela madrugada...
– Mas o que aconteceu? Estás arrependido do que fizeste, não é? Devias ter pensado nisso antes.
– Pior Toni! Pior do que podes imaginar. Correu tudo bem no carro e no início no hotel. Depois é que veio o pânico.
– O pânico? Foi a consciência que te tramou.
– Nada disso Toni! Ela, a morena linda, era "ele" percebes? Era um travesti! O que faço agora? Por favor, não contes a ninguém!
Não queria acreditar. Desatei a rir e a imaginar a cena. Logicamente, a "cura" não passou por ir a um psicólogo, mas sim, por um ‘tratamento de choque’, logo nesse dia ao almoço, num restaurante à beira mar em Alcochete, mas reza a história que não contou à esposa, e que a partir daí, passou a ter ‘outros’ cuidados...
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