Dezenas de provas, milhares de manobras de cortar a respiração e 14 anos depois, a Red Bull Air Race prepara-se para assinalar mais um marco histórico, com a chegada das mulheres ao mais radical campeonato mundial de corridas aéreas.

A francesa Mélanie Astles, de 33 anos, entra para a história como a pioneira num mundo que tem sido apenas de homens, garantindo que a partir de agora nada voltará a ser como antes. "Vou aproveitar esta oportunidade para dar asas à minha paixão de voar, com a certeza de que estou a viver um sonho que se tornou realidade", vibrou a francesa, cinco vezes campeã nacional de voo acrobático.

A temporada de 2016, que tem esta semana início em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos (dias 11 e 12), passa por sete países e por algumas pistas emblemáticas de automobilismo, casos de Spielberg, na Áustria (será a segunda prova da época, a 23 e 24 de abril), e de Indianápolis, nos EUA (1 e 2 de outubro), já não contará no seu elenco com algumas das lendas da modalidade – caso do tricampeão mundial Paul Bonhomme –, os quais vão dar lugar a vários novos talentos que prometem lutar pelo título.

À portuguesa...

A Red Bull Air Race passou por Portugal, de 2007 a 2010, com muito sucesso. Nos três primeiros anos, no Rio Douro, entre as cidades de Porto e Gaia, a prova bateu todos os recordes mundiais de espectadores junto às margens do rio Douro, com mais de 600 mil pessoas a fazerem questão de acompanhar os melhores pilotos do Mundo ao vivo, numa prova que se tornou num dos maiores acontecimentos desportivos do ano em Portugal. Em 2010, o evento foi cancelado e deslocalizado dois meses antes de se realizar, depois de uma luta entre Porto e Lisboa pela organização do evento. Decisão salomónica: ninguém o recebeu...