Luís Nascimento, o 'Mãos Mágicas'

Português foi responsável por reabilitar 'GMac' a apanhar as ondas gigantes da Nazaré

• Foto: Carlos Barroso

Garrett McNamara recolocou a Nazaré no mapa pelas proezas que cometeu nas ondas grandes da Praia do Norte e, por isso, um elogio do surfista vale mais do que muitas páginas de publicidade. Luís Nascimento já beneficiou dessa promoção. O fisioterapeuta da União de Leiria recuperou o havaiano de uma lesão que se julgava poder significar o fim da carreira de GMac e o big wave rider arranjou-lhe uma alcunha muito particular: Luís ‘Mãos Mágicas’.

"Hoje temos uma relação já quase de amizade, mas quando ele chegou à clínica sucedeu algo curioso. Fiz-lhe uma avaliação, conversámos e depois ele disse que podia tratá-lo. Ou seja, eu também estava a ser avaliado naquele momento", recorda o clínico, ligado há vários anos ao clube de Leiria, que tratou o surfista de uma lesão muito grave. "Ele fizera uma fratura e luxação do ombro na Califórnia, em janeiro de 2015, que impedia que tivesse qualquer mobilidade. Isso colocava a carreira dele em risco. Sinceramente, quando o vi pela primeira vez, pensei que não havia hipóteses de o recuperar, mas com o tempo a situação foi evoluindo. Ele fala mesmo de um milagre". A alcunha chegaria noutro tratamento. "O Garrett surgiu na clínica com uma dor muito intensa na zona lombar, foi tratado e depois disse-me que eu devia ser mágico…"

McNamara veio a indicar os préstimos do amigo à também surfista Maya Gabeira, que tece rasgados elogios ao fisioterapeuta que a tratou de uma hérnia discal. "É a única pessoa em quem confio a minha coluna em Portugal. Está sempre disponível, a qualquer hora do dia. Tem poucos fisioterapeutas em todo o mundo em quem confio. O Luís é um deles", diz a brasileira, que tinha uma paragem prevista de um ano e que viu esse prazo reduzido para cinco meses, após os tratamentos na clínica de Leiria que Luís Nascimento dirige.

Apesar de trabalhar com muitos atletas de alta competição, este antigo praticante de futebol garante que a responsabilidade que sente "é a mesma de qualquer outro doente". "A pressão de voltar a ter o atleta a competir é que aumenta. O tempo de recuperação tem de ser o menor possível, até porque eles também exigem isso. Todos os dias somos colocados à prova, pois todos os dias temos de obter resultados", salienta o fisioterapeuta, a quem dá muito jeito ter umas mãos... que fazem magia.

Por Joaquim Paulo
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