Lisboa vai parar no próximo dia 15 de dezembro para a realização da São Silvestre El Corte Inglés, corrida que conta uma vez mais com o apoio de Record. A menos de duas semanas para o dia que promete colocar tudo e todos a correr pelas ruas da capital, o nosso jornal procurou conhecer mais de perto como funciona o 'Walk With a Doc', iniciativa que surgiu nos Estados Unidos e que se realiza em Portugal desde 2017, como nos explicou o Dr. Cristiano Figueiredo, um dos responsáveis pelo programa em Lisboa.

"As nossas caminhadas costumam ter, normalmente, entre 15 a 20 pessoas. Sobretudo, participam pessoas mais idosas, apesar de esta iniciativa não ser dedicada apenas a pessoas desta faixa etária. Normalmente, as nossas caminhadas têm a duração de uma hora, mais ou menos, o que, a um ritmo mais pausado, dá para percorrer cerca de quatro quilómetros por sessão. Antes das caminhadas, costumamos ter uma sessão de educação para a saúde, para sensibilizar os nossos utentes para as práticas mais saudáveis", começou por revelar-nos Cristiano Figueiredo, explicando de seguida as origens deste conceito, onde Portugal dá cartas pelo mundo fora: "O 'Walk With a Doc' é uma iniciativa que começa a 14 de novembro de 2017 em Portugal, baseado no programa mundial que surgiu nos Estados Unidos. Curiosamente, Portugal é atualmente o segundo país do mundo com mais caminhadas, temos, acredito eu, cerca de 17 caminhadas diferentes pelo nosso território. Estas caminhadas são geralmente organizadas por centros de saúde, pelas Unidades de Saúde Familiar (USF's)".

Como surgem os convites para as pessoas participarem nestas caminhadas?

"As pessoas são convidadas a participar nas caminhadas nas consultas. É-lhes apresentado o nosso programa e a calendarização do mesmo e, logo aí, as pessoas mostram ou não interesse em participar."

Quem se inscreve nestas caminhadas mantém o hábito ou normalmente ficam-se 'apenas' pelas caminhadas do 'Walk With a Doc'?

"Tenho a ideia de que grande parte destas pessoas que participam mantêm depois os hábitos de caminhada. Inicialmente, algumas destas pessoas não tinham hábitos de caminhar ou fazer caminhadas, mas depois acabam por ganhar esse hábito. É claro que uma caminhada mensal não é suficiente, mas incentivar estas pessoas à prática física já é algo positivo para nós. Algumas delas até já se encontram autonomamente para juntas realizarem caminhadas, o que é, claro, muito positivo", sublinhou.