O Presidente da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra justificou esta segunda-feira o pedido de demissão, alegando dever ético e responsabilidade pessoal, após análise detalhada dos factos relativos ao caso ocorrido na última semana envolvendo a morte de uma grávida.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, já anunciou que aceitou o pedido de demissão apresentado por Carlos Sá, na sequência do caso da grávida que morreu na sexta-feira e posteriormente da morte da bebé.
Em comunicado, o presidente do Conselho de Administração da ULS Saúde Amadora-Sintra afirma que se demitiu depois de uma "análise detalhada dos factos e circunstâncias relativos ao infeliz evento ocorrido na última semana envolvendo uma utente grávida assistida nesta unidade hospitalar".
Reiterando "a sua profunda solidariedade para com a família" da grávida, Carlos Sá diz ser "seu dever ético e profissional" explicar que "os elementos factuais transmitidos" à ministra da Saúde, posteriormente reproduzidos na audição parlamentar, corresponderam integralmente às informações que dispunha no momento que foram comunicadas.
Carlos Sá sublinha que as informações adicionais sobre o acompanhamento clínico da grávida de 38 semanas só foram conhecidas "em momento posterior, não tendo, por conseguinte, sido do conhecimento do presidente do conselho de administração à data da comunicação inicial, nem podendo, portanto, ter sido transmitidas à tutela".
O Presidente reafirmou que "a responsabilidade política e pública é pessoal, indelegável e insuscetível de diluição" e sublinha que a decisão de se demitir se prende com "o imperativo de transparência, responsabilidade e dever público, valores que devem prevalecer em todas as circunstâncias.
Carlos Sá reiterou ainda o seu compromisso com "os princípios de ética, rigor e serviço público que norteiam a sua atuação".
No domingo, a administração da ULS Amadora-Sintra reconheceu que a grávida de 36 anos estava a ser acompanhada nos cuidados de saúde primários desde julho.
"Devido à inexistência de um sistema de informação clínica plenamente integrado, que permita a partilha automática de dados e registos médicos entre os diferentes serviços e unidades [...], só hoje ao final da tarde foi possível verificar que a utente se encontrava em acompanhamento nos cuidados de saúde primários da ULSASI desde julho de 2025, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Agualva", referiu em comunicado avançado à agência Lusa
Segundo o comunicado, a mulher fez duas consultas de vigilância de gravidez, em 14 de julho e 14 de agosto, tendo realizado consultas de obstetrícia no Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, nos dias 17 de setembro e 29 de outubro, esta última dois dias antes de morrer.
Em declarações à SIC e à CMTV, a família da mulher já havia garantido que a gravidez estava a ser acompanhada naquela unidade de saúde.
Na sexta-feira, dia em que a grávida de 38 semanas morreu, o diretor do serviço de urgência obstétrica e ginecológica do Hospital Amadora-Sintra, Diogo Bruno, explicou que a mulher estava em paragem cardiorrespiratória quando deu entrada no hospital, tendo sido imediatamente socorrida com todos os procedimentos previstos.
Na mesma altura, Diogo Bruno referiu que o conselho de administração determinou a abertura de um inquérito interno para apurar todos os contextos deste caso, "sendo certo que depois hão de haver desfechos desse inquérito".
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde também determinou a instauração de um processo de inquérito para avaliar a assistência prestada à grávida, assim como a Entidade Reguladora da Saúde que anunciou a abertura de um processo de avaliação com o mesmo objetivo.
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