Rui Costa: o árbitro que não quis apanhar o comboio

• Foto: ARQUIVO/PAULO CÉSAR

Quando subiu à 1.ª categoria, em 2003, Rui Costa, então com 27 anos, tinha tudo para se poder afirmar como um árbitro de topo do futebol português. Mas hoje, com 37 anos, o árbitro nomeado para o clássico FC Porto-Benfica de sábado (18 horas) já perdeu definitivamente o comboio da internacionalização, embora tenha estado muito perto de tal conseguir, tal como aconteceu com o seu irmão mais velho, Paulo Costa.

Ao lado do irmão mais velho, que hoje é dirigente do Conselho de Arbitragem da FPF, sendo responsável pela arbitragem feminina, Rui Costa formou uma inédita dupla de irmãos-árbitros na 1.ª categoria nacional. De certa forma o árbitro que vai apitar o próximo FC Porto-Benfica foi mais prejudicado que beneficiado pelo facto de ter já um irmão na elite da arbitragem portuguesa.

Num percurso sem muita polémica, Rui Costa esteve em foco há três anos, quando apitou um jogo entre o Benfica e o Nacional. O árbitro do Porto foi castigado com dois jogos de suspensão por não ter fornecido qualquer informação sobre incidentes que aconteceram no final do jogo e que envolveram Jorge Jesus e o jogador nacionalista Luiz Alberto. O que de certo modo cortou a última possibilidade que tinha de atingir a internacionalização.

Rui Costa é um árbitro com um estilo claramente low profile e que, segundo os seus colegas, só não foi mais longe porque nunca se empenhou seriamente no tal derradeiro salto que precisava de dar na sua carreira.

Professor de educação física, pessoa de trato fácil, o árbitro do Porto acabou, por isso, por ser ultrapassado por outros juizes, em especial por Artur Soares Dias, hoje juntamente com Marco Ferreira apontado como um dos potenciais sucessores de Pedro Proença no topo da montanha da nossa arbitragem.

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