 
Ação promovida pelo CA deixa recomendações aos árbitros para a nova época
 
            Teve lugar esta segunda-feira na Cidade do Futebol a 1.ª Ação de Reciclagem e Avaliação, promovida pelo Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, Luciano Gonçalves, mas foi o novo Diretor Técnico, Duarte Gomes, a dar as recomendações aos árbitros para uma atuação concertada e coerente ao longo da próxima época.
"Não queremos árbitros autoritários, mas firmes, com inteligência emocional - humildes, mas firmes", começou por referir o ex-árbitro e comentador, já depois de Luciano Gonçalves ter introduzido: "Portugal tem criado dos melhores jogadores do mundo, dos melhores treinadores do mundo, dos melhores jornalistas do mundo, mas também dos melhores árbitros do mundo."
Entre várias recomendações e instruções para "uniformizar critérios", Duarte Gomes defendeu que "não pode haver contemplações" nos lances de simulação evidente de um avançado para ganhar um penálti. Além da ressalva sobre a importância de avaliar em permanência fatores como intenção, imprudência ou negligência, que vão determinar a ação disciplinar a aplicar, nas mais variadas situações de jogo, foram ainda referidas situações que podem ser consideradas de menor importância ou algo marginais, mas que mereceram a referência do novo Diretor Técnico.
Entre estas, configuram-se a importância de determinar a causa do atraso de uma das equipas para o início ou retomar do jogo, ao intervalo, no qual foi recomandado aos árbitros para comparecerem no relvado ao fim de 13 minutos da interrupção, para que não subsistam dúvidas que o atraso não será da sua responsabilidade. Um maior rigor na colocação das barreiras, nos livres diretos, na medida em que tem verificado que a distância tem sido muito curta. Intolerância, também, para com o estado dos equipamentos, não permitindo meias rasgadas, nem camisolas, nem calções. "Há modas e modas, esta não queremos, é uma questão de falta de respeito para com o clube, os adeptos, o espectáculo, temos de ser mais rigorosos", sustentou. E ainda outra recomendação: "Se houver um fora-de-jogo evidente, de três, quatro metros, não vale a pena esperar pela confirmação do VAR, é para marcar e evitar desgaste desnecessário."
Novas regras na baliza e nos penáltis
Além das recomendações deixadas, Duarte Gomes revelou ainda as novas regras determinadas pelo IFAB. A começar pelos 8 segundos permitidos ao guarda-redes de ter a bola nas mãos. A contagem é inicada a partir do momento que não é importunado, e sinalizada pelo árbitro a 5 segundos de ser terminada. Caso ainda tenha nas mãos ao fim dos oito segundos, a sua equipa é punida com um canto favorável ao adversário. À terceira infração, vê amarelo, à quarta, é expulso. Outra mudança é no toque duplo num penálti. Caso o jogador escorregue e toque por duas vezes na bola e marque golo, o lance é repetido. Caso não tenha convertido, é livre indireto para o adversário.
Eis as principais recomendações deixadas por Duarte Gomes:
Simulações. Lances em que jogador se coloca na trajetória do defesa, simula a falta, tem de haver intervenção do VAR, não pode haver contemplações. Simulações em situações claras, tem de ser amarelo
Pisão. Pode ter sido sem intenção, mas impediu o adversário de disputar a bola. Por determinação da UEFA, em ‘pisões’, é penálti. Se foi penas imprudente, é penálti, sem cartão. Se for negligente, mais forte, amarelo ou até, eventualmente, vermelho
Troca pés. Na passada, não é intencional, mas imprudente. O defesa não quer fazer falta, mas toca no pé do avançado e derruba-o, é penálti
‘Late tackle’. Terá de ser avaliada se é imprudente ou negligente, a abordagem do infrator ao lance. É sempre importante a ação do árbitro assistentes, tem outro ângulo
Fim do jogo. Já somos os maus da fita, não podemos pôr-nos a jeito. Sensatez máxima, terminar jogo só com a bola em zona ‘morta’. Sem interromper lances de contra-ataque, de perigo, um canto, uma bola parada
Descontos de descontos. Se dou 5 minutos, ‘queimaram-se’ quatro, só se jogou um, tenho de dar mais quatro. E dizer que o vou fazer
Concussão cerebral. tem direito a substituição suplementar, assim como o adversário
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