Ao fim de seis anos, o "Boavistão" entra em campo com a certeza de que vai regressar ao escalão principal e nas bancadas o clima é de festa com um misto de sentimento de justiça. No primeiro jogo após a confirmação do regresso à Primeira Liga, o Boavista recebeu o Guimarães B (0-0) num ambiente bem aceso a fazer lembrar os velhos tempos que as principais equipas se encontravam na divisão principal.
E, na verdade, a forma de encarar é a mesma, num jogo em que o resultado não esmoreceu os sorrisos de contentamento - Boavista e Guimarães B empataram sem golos. "Hoje o jogo tem um sentimento especial. É o primeiro jogo que fazemos depois de se ter anunciado definitivamente que no próximo ano vamos estar na primeira divisão. E, além disso, estamos a jogar contra um dos nossos maiores rivais", começou por referir Filipe Freitas, de 41 anos, e completamente vestido a rigor. E o domingo foi mesmo de festa. Cerca de cinco mil adeptos orgulhosos com as camisolas axadrezadas vestidas, bandeiras em punho e cachecóis ao pescoço com o símbolo junto ao coração. O sentimento é de alívio e de muita alegria, como há muito não se via. Manuel do Laço, figura incontornável do clube, mostrou isso mesmo. De lágrima fácil, o carismático adepto lembrou os maus momentos que passou com o clube, mas afirmou sempre a sua confiança. "Quando nos fizeram o que fizeram, eu fiquei muito doente, fiquei ofendido. Se fosse ao Porto, ao Benfica, ao Sporting, ou Guimarães e ao Braga, não faziam o que fizeram ao Boavista. Eu sofri muito. Hoje tenho uma grande alegria", disse. Mas o sentimento de confiança vai muito mais além. Manuel do Laço nunca mais cortou o cabelo desde que o Boavista foi despromovido e, nessa altura, fez uma promessa.
"Nunca mais cortei o cabelo depois do Boavista descer. Prometi que só cortaria quando regressassem. Vou cortar o cabelo uma hora antes do primeiro jogo na I Liga, em cima da pantera", confidenciou. O barbeiro esse também já está escolhido e, como não podia deixar de ser, é um boavisteiro ferrenho. "Este corte já está combinado há uns anos e vai ser muito especial. Vai ser um marco para um regresso muito feliz", começou por explicar José Silva, barbeiro e cabeleireiro de profissão, que tem bem presente na memória os últimos seis anos. "Estes últimos anos foram vividos com tristeza por tudo aquilo que fizeram ao Boavista. Estou muito irritado com a justiça deste país. O Boavista faz parte da minha família, está gravado no meu coração. Agora a justiça foi feita mas a revolta continua a ser muito grande", desabafou ainda. Apesar das lembranças negativas, ainda bem vivas na memória de todos, o momento é de celebrar e preparar o regresso do velho "Boavistão", reavivando a mística axadrezada tão presente nos adeptos que nunca deixaram de acreditar.
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