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Um jogo de cortar a respiração, feito de erros e obras de arte; de riscos e sofrimentos assumidos; de prémios e castigos que chegaram antes de tempo; com emoção no limite do primeiro ao último instante. Um jogo entre duas pequenas equipas com grandes ideias, comandadas por dois treinadores com futuro risonho no futebol português e compostas por jogadores que sabem o que querem da vida. Em suma, um jogo entre duas forças intermédias da SuperLiga que, pelo que fizeram ao longo da época mas sobretudo pelos momentos deliciosos que ontem proporcionaram - e perdoem o entusiasmo de quem acaba de assistir a 45" dos mais vibrantes e intensos da temporada -, merecem a felicidade de, ao mesmo tempo, terem garantido praticamente a permanência no escalão principal.
Tudo começou num prémio surgido antes de tempo, em forma de golo para o Nacional, logo no primeiro minuto do encontro. O lance condicionou claramente o Paços de Ferreira. A equipa desencontrou-se com o seu futebol, tornou-se ansiosa e desconexa, sem frieza para contrapor à segurança madeirense que, aos poucos, trabalhou para dar justiça ao marcador. O primeiro tempo, aliás, pode resumir-se a uma fórmula aritmética, tendo em conta os interesses do Paços: um golo de avanço, mais outro para agravar a situação, igual a 0-2 e a meia parte de avanço. Ao intervalo, no entanto, a vantagem do Nacional, suportada em ascendente indiscutível, não chocava.
Foi a seguir ao reatamento que começou a alucinação. O Nacional manteve a calma, valorizando a situação de privilégio que tinha em todos os capítulos; o Paços assumiu então os riscos na procura de um final diferente, em nome do resultado mas também afectado pela imagem degradada com que saiu para as cabinas. Aos 64" aconteceu a primeira obra de arte da tarde, assinada por Serginho - um golo excepcional, com remate perfeito na sequência de jogada individual brilhante. Era o que faltava aos locais para assumirem de uma vez por todas o ataque à baliza de Nuno Carrapato. Mas, em plena fase de motivação, os madeirenses responderam com uma obra-prima de Paulo Assunção - pegou na bola no seu meio campo, driblou em velocidade toda a gente que lhe apareceu pela frente, passou o guarda-redes e depositou a bola na baliza. Um murro que tinha a força da fatalidade para o Paços, que voltava a sentir-se perdido em plena fase de renascimento. A equipa cerrou fileiras, sofreu em conjunto, assumiu a luta em todo o terreno e continuou a acreditar - sem pretendermos fazer juízos de valor, só mesmo os jogadores se convenceram de que tudo estava ainda em aberto. Renato Queirós reduziu para 2-3, dois minutos depois; até final a pressão foi enorme sobre o último reduto de uma equipa (o Nacional) que também nunca se resignou à quebra e continuou a jogar, à procura do contra-ataque; Leonardo só trouxe justiça ao minuto 89", com uma cabeçada espectacular entre as torres insulares. Com o coração aos saltos, só então o público se deu ao descanso.
Martins dos Santos rubricou trabalho regular, mas com pequenas incoerências que não lhe são habituais. Nota positiva.
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